GRINALDA
As "broadside ballads", poemas narrativos com origem nos menestréis dos séculos XIV e XV (equivalente britânico do romanceiro tradicional do qual terá emergido o fado português primitivo), mais tarde impressas em papel e vendidas pelas ruas, feiras e mercados de Inglaterra, Irlanda e América do Norte, chegaram a ser produzidas em grande número - no final do século XVII vender-se-iam em Inglaterra cerca de 400 000 exemplares - e popularizar-se-iam coladas a melodias pré-existentes ou criadas de raiz para uma nova balada. Tanto se debruçavam sobre temas de caracter quase jornalístico - desastres, acontecimentos políticos e sinais inexplicados de prodígios, milagres e assombros - como assumiam o caracter utilitário de canções de copos, celebração do amor e carnalidades afins, com a suposta intenção de moralizar e divertir. Na maioria, de origem urbana, quando eram publicadas várias num mesmo "caderno", essas colecções eram designadas por "garlands" (grinaldas). (daqui; segue para aqui)
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