(sequência daqui) 7) Em 1968, Dylan, autodepreciando-se, confessava: “Quase tudo é fácil se comparado com a escrita de canções. Não escrevo todos os dias. Gostava mas não sou capaz. Convém que saibam que estão a falar com um perfeito vigarista. Gershwin, Bacharach, esses sabiam o que faziam. Eu estou-me nas tintas para escrever. É o que digo agora, claro. Porque, mal o vento mude, não vou conseguir pensar noutra coisa”. Dez anos depois, nada tinha mudado mas tudo era já diferente: “Todos os aspectos da vida me interessam. Revelações e realizações. O pensamento lúcido que pode ser traduzido em canções, analogias, nova informação. Ainda não escrevi nada que me fizesse ter vontade de parar. Ainda não cheguei a um ponto igual aquele em que Rimbaud decidiu deixar de escrever e dedicar-se ao contrabando de armas em África”.
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