SEM NUNCA NOS PERDERMOS
Conhecemos Arooj Aftab aquando da publicação, em 2021, de Vulture Prince, precioso exercício de fusão molecular entre ghazals paquistaneses, a poesia de Rumi, guitarra acústica, harpa, trompete, sintetizadores, violino e contrabaixo, respondendo ao apelo da voz de sereia de Arooj. Ela nascera na Arábia Saudita mas, durante a adolescência, emigrara com a família – “progressistas, liberais, super cool” que, contou ela à “Songlines”, lhe deram a conhecer Stan Getz, Miles Davis, Billie Holiday e Ella Fitzgerald, em paralelo com a música clássica sufi de Abida Parveen - para o Paquistão. Daí, aos 19 anos, viajaria até Boston para estudar no Berklee College of Music, acabando por fixar-se em Brooklyn. A propósito do Grammy para Best Global Music Performance que, em 2022 lhe foi atribuído, diria: “Tenho raízes em tantos lugares diferentes. Passei os últimos 20 anos a viver e a crescer musicalmente em Nova Iorque. Por isso, não me vejo na qualidade de artista ‘world’ ou ‘global’. A minha música é o resultado das minhas experiências. Não quero ter nada a ver com esta tolice de me arrumarem numa caixa. Aprendi que as coisas que herdamos podem provir de onde quer que estejamos. É esse o motivo por que a música que faço vai além da tradição. É singular, minha, parte da minha vida”. (daqui; segue para aqui)
"To Remain/To Return"
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