The National - "Tropic Morning News"
(sequência daqui) Depressão ou “burnout”, procurou uma terapia de despoluição fisiológica – zero álcool, zero cannabis – acompanhada por tratamento com antidepressivos. Acima de tudo, receava ter “incorporado a personagem misantropica que, em palco, me habita” e que sempre canalizara para a música. “Escrevi música triste e deprimente durante tanto tempo que, quando ela chocou comigo, quando me apanhou, já não queria escrever mais naquele registo. Não era capaz de me orientar pelo meio do nevoeiro. Não queria pô-lo em palavras. Tudo me parecia feio e grosseiro e todos os pensamentos na minha cabeça eram pequenos, amargos e assustadores”. Foi o momento no qual todos os elementos da banda se concentraram numa espécie de terapia colectiva (“Em vez de nos zangarmos, apoiámo-nos uns aos outros e ao trabalho que íamos realizando em torno das canções, como se estivéssemos a cuidar da nossa família. Conseguimos recuperar os laços que nos têm unido e ver as coisas sob um outro ângulo. É como se tivéssemos entrado numa nova era”, diz Bryce) à qual Matt – de modo arriscadamente pouco científico – atribui todos os méritos da reabillitação: “Conseguir voltar a escrever uma canção foi o medicamento que me curou. Os antidepressivos comigo não resultam”. (segue para aqui)
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