E ELAS ERAM TODOS NÓS
Lviv foi, desde os anos 70 do século passado, a capital hippie do império soviético. Qual São Francisco da Europa de Leste, a ela acorreram pereginações de hirsuta juventude que, apesar de múltiplas tentativas do KGB para as afugentar, deixaram marcas, até hoje, na maior cidade do Ocidente da Ucrânia. Que tanto podem assumir a forma do “Cat Cafe”, da rua General Grigorenko (duas dezenas de divindades felinas prontas a conviver com a clientela), ao cuidado de Alik Olisevich – o mais velho hippie local e responsável pelo arquivo do movimento na cidade – , como no modo pelo qual, após a selvática invasão russa do ano passado, se converteu em “capital cultural” ucraniana ao acolher um imenso número de artistas e intelectuais em fuga. Um deles era Oleh Shpudeiko ("nom de plume", Heinali), compositor e “sound artist” que, após atravessar as fronteiras da Polónia e da Hungria para deixar a mãe e a mãe da namorada a salvo em Budapeste, de regresso à Ucrânia, deter-se-ia em Lviv. (daqui; segue para aqui)
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