Um belo texto naïf. "Simply put, the 15-minute city principle suggests you should have your daily needs – work, food, healthcare, education, culture and leisure – within a 15-minute walk or bike ride from where you live. It sounds pleasant enough, ..." O conceito é bestial e prazenteiro, mas o problema é que as pessoas que trabalham na mercearia de bairro vêm de Loures, Almada, Valongo, Gondomar,... Para eles os 15 minutos é uma eternidade. Podem ficar os defensores de tal modelo de cidade com os 15 minutos de fama.
"O conceito é bestial e prazenteiro, mas o problema é que as pessoas que trabalham na mercearia de bairro vêm de Loures, Almada, Valongo, Gondomar"
É, realmente, naïf mas, como todos os naïf interessantes, bem digerido, pode virar naifa.
Neste caso, por exemplo, como conseguir que as pessoas que trabalham na mercearia de bairro e que vêm de Loures, Almada, Valongo ou Gondomar, possam trabalhar "a 15 minutos" de Loures, Almada, Valongo ou Gondomar. Como se faz? Beats me. Mas, se calhar, valia a pena pensar no assunto.
Esta ideia é mesmo interessante e deveria despertar no governo a vontade de fazer algo pelo equilibrio na ocupação do território. O país tem uma dimensão muito reduzida, mas o que se vetifica é a concentração de 50% da população nas áreas de Lisboa e Porto e o resto em abandono. A Suíça, com uma topografia difícil, consegue ter uma distribuição populacional em várias cidades com escalas adequadas a uma ocupação humanizada. Quantas pessoas, famílias necessitam mesmo de viver em Lisboa ou no Porto? Quanto tempo, dinheiro, saúde podiam poupar se vivessem numa cidade média? E sempre a duas horas do litoral...
nickname "working class hero" by john lennon
said...
Podemos sempre utilizar o capitalismo. Para o bem. E para o mal. :-) "Enriquecendo" Loures, Almada, Valongo e Gondomar e depois importando para as mercearias de Loures, ... trabalhadores (escrevi trabalhadores) de Lisboa e Porto. É uma naifa de dois gumes. :-) É realmente um interessante conceito e arquivisticamente encontra-se bem classificado (não tinha reparado na label que colocou). Mas a mim parece-me, sempre, um wishful thinking para uma certa burguesia (que governam as nossas smart cities argh). Socorro-me, agora, do socialismo científico. :-)
7 comments:
Um belo texto naïf. "Simply put, the 15-minute city principle suggests you should have your daily needs – work, food, healthcare, education, culture and leisure – within a 15-minute walk or bike ride from where you live. It sounds pleasant enough, ..." O conceito é bestial e prazenteiro, mas o problema é que as pessoas que trabalham na mercearia de bairro vêm de Loures, Almada, Valongo, Gondomar,... Para eles os 15 minutos é uma eternidade. Podem ficar os defensores de tal modelo de cidade com os 15 minutos de fama.
"O conceito é bestial e prazenteiro, mas o problema é que as pessoas que trabalham na mercearia de bairro vêm de Loures, Almada, Valongo, Gondomar"
É, realmente, naïf mas, como todos os naïf interessantes, bem digerido, pode virar naifa.
Neste caso, por exemplo, como conseguir que as pessoas que trabalham na mercearia de bairro e que vêm de Loures, Almada, Valongo ou Gondomar, possam trabalhar "a 15 minutos" de Loures, Almada, Valongo ou Gondomar. Como se faz? Beats me. Mas, se calhar, valia a pena pensar no assunto.
Um dos "labels" é "food for thought".
Esta ideia é mesmo interessante e deveria despertar no governo a vontade de fazer algo pelo equilibrio na ocupação do território. O país tem uma dimensão muito reduzida, mas o que se vetifica é a concentração de 50% da população nas áreas de Lisboa e Porto e o resto em abandono. A Suíça, com uma topografia difícil, consegue ter uma distribuição populacional em várias cidades com escalas adequadas a uma ocupação humanizada.
Quantas pessoas, famílias necessitam mesmo de viver em Lisboa ou no Porto? Quanto tempo, dinheiro, saúde podiam poupar se vivessem numa cidade média? E sempre a duas horas do litoral...
Por exemplo.
Music lover, bem visto!
Podemos sempre utilizar o capitalismo. Para o bem. E para o mal. :-) "Enriquecendo" Loures, Almada, Valongo e Gondomar e depois importando para as mercearias de Loures, ... trabalhadores (escrevi trabalhadores) de Lisboa e Porto. É uma naifa de dois gumes. :-)
É realmente um interessante conceito e arquivisticamente encontra-se bem classificado (não tinha reparado na label que colocou). Mas a mim parece-me, sempre, um wishful thinking para uma certa burguesia (que governam as nossas smart cities argh). Socorro-me, agora, do socialismo científico. :-)
Está recheadíssimo de wishful thinking. Mas sempre desenjoa do deceitful thinking.
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