11 February 2023

"A questão é hoje muito simples: não há fim da guerra sem a Rússia abandonar, ou ser obrigada a abandonar, as anexações que fez de parte importante da Ucrânia, que vão muito para além das zonas separatistas pró-russas. A partir do momento em que Putin e o Parlamento russo declararam que as chamadas 'repúblicas populares' de Donetsk e Lugansk e as regiões de Kherson e Zaporijia, todas em território ucraniano, eram parte do território da Federação Russa, a Ucrânia, a União Europeia, a NATO e uma parte importante dos países na ONU nunca poderão aceitar que uma guerra ofensiva redefina as fronteiras da Europa. (...) Putin devia rezar a todos os seus santinhos para que a guerra na Ucrânia não seja a guerra NATO ou EUA versus Rússia, como ele a descreve na propaganda, porque então as enormes fragilidades convencionais que se têm revelado, mesmo com surpresa para o 'Ocidente', levariam a uma derrota militar rápida e humilhante. (...) Pareço beligerante e belicoso, sem consideração pela 'paz' dos invasores? Não pareço, sou. Não quero viver numa Europa em que um Estado autocrático e imperial dita as regras de Vladivostok a Lisboa. Prefiro a Rússia de Tolstoi, ou melhor ainda de Tchekhov, de atenção aos mais fracos, de percepção sobre a fragilidade humana, de recusa da brutalidade e da força. Essa, sim, é poderosa e nunca será derrotada" (JPP)

23 comments:

Music lover said...

"Russia is ready for negotiations with Ukraine, but without preconditions, state media have reported the Russian deputy foreign minister, Sergey Vershinin, as saying."
Ou seja, a palavra "negociação" em língua Ditatorial é muito simplesmente, "come e cala-te!"
Pacheco Pereira, como qualquer pessoa decente, bem o diz.

Anonymous said...

Fofocadas do camarada Pacheco.
Nada de Novo.

João Lisboa said...

"Fofocadas do camarada Pacheco.
Nada de Novo"

Não se dedique ao comentário político. Não é o seu forte.

Anonymous said...

Quem lhe disse que é comentário politico?
Como sabe se é ou não o meu forte?
O que sei é que estão bem um para o outro...
O Pacheco dos tristes do PSD adulado por um ex- marxista leninista que virou radical.

João Lisboa said...

"Quem lhe disse que é comentário politico?"

É óbvio: pequenino, mirradinho, mas é.

"Como sabe se é ou não o meu forte?"

Está bem à vista.

"O que sei é que estão bem um para o outro..."

Obrigado. Mas eu não mereço.

"O Pacheco dos tristes do PSD adulado por um ex- marxista leninista que virou radical"

:-)))))

Um m-l não é um "radical"? Como pode um "radical"... virar "radical"? O PP que foi m-l, ao passar a integrar "os tristes do PSD", também... "virou radical"?

Fiquei cheio de dúvidas e angústias...

Anonymous said...

Ter resposta sempre para tudo e acumulá-la com o ' tenho sempre razão ' é sinal de arrogância.

Anonymous said...

O PP quer ter um lugarzinho no rodapé da historiografia lusa.

João Lisboa said...

"Ter resposta sempre para tudo e acumulá-la com o ' tenho sempre razão ' é sinal de arrogância"

"Ter resposta dsempre para tudo" é apenas Ter resposta sempre para tudo. Especialmente quando a resposta é tão simples e evidente. A "arrogância" é apenas fruto de ser necessário demonstrar o óbvio.

João Lisboa said...

"O PP quer ter um lugarzinho no rodapé da historiografia lusa"

Não precisa de querer. Já o tem.

Anonymous said...

Ah!

Paulo Mariano said...

Presunção e João Lisboa....

João Lisboa said...

"Presunção e João Lisboa...."

Então eu digo que não mereço ser comparado com o JPP e que ele (não eu!) já tem um lugar na historiografia portuguesa e a isto chama-se... presunção?

Paulo Mariano said...

Não era esse o sentido...
Samplers ad libitum é no que pode dar. Afinal, a música popular não deixa de ser pastiche sobre pastiche. E se for sobre os anos setenta que por sua vez foram buscar às décadas anteriores, então fico onde comecei...ahahah.

It´s only rock n roll ( but i like it) como cantava o outro.

João Lisboa said...

Estou burro, não percebi.

Paulo Mariano said...

Estou a brincar. Como é que uma pessoa tão interessante e inteligente como o senhor pode ficar burro? Jumento sou eu. Sem ironia.😀😀😀😀

André said...

O que JPP não refere é que, quase certamente, Putin sabe muito bem que perdeu a aposta e tem de continuar a guerra, se quer sobreviver politica e pessoalmente. Sem uma saída da guerra que lhe permita salvar a face, Putin está obrigado a esta constante fuga para a frente. A chave da coisa está na China, não na NATO. Por um lado, um bloco ocidental vitorioso não lhe é vantajoso, mas por outro tampouco interessa uma Russia reforçada no tabuleiro geopolítico.

Music lover said...

Tanto rancor, Sr Anonymous, tolda o discernimento.

A China não tem interesse nenhum na Rússia, apenas aproveitar-se da situação em que o chanfrado se meteu (sim, e é verdade, não pode recuar). Querem a derrota do Ocidente para se tornaram reis do mundo. Devem estar danados com a incompetência do maluco. O grande problema é que são muito gananciosos e sabem muito bem que esta derrota representa a morte da galinha dos ovos de ouro.
Portanto, querem e não querem, mas vão ter de decidir se querem ter o bolo ou comê-lo. Entretanto vão empatando, mas como se diz no futebolês, quem joga para o empate costuma ser goleado.

Paulo Mariano said...

Sr(a) Music Lover
"Não se dedique ao comentário político. Não é o seu forte."

Paulo Mariano said...

Um belo dia, estava um entrevistador em representação do Exército Americano a inquirir Frank Zappa. Este, ao seu estilo, estava a ser particularmente crítico da instituição. Contra-ataca de lá o funcionário:

"Answear one more question: just who do you think will defend the country without the Army?"

Responde Zappa:

«From what? the biggest threat to America today is its own federal government... Will the Army protect anybody from the FBI? The IRS? The CIA? The Republican party? The Democratic party?... The biggest dangers we face today don´t even need to sneak past our billion-dollar defense system... they issue the contracts for them".

Claro que a entrevista nunca foi publicada.

A lucidez do músico estava sobretudo a ser profética. Aquilo que era, já àquela data, a maior ameaça interna para os Estados Unidos, tornou-se hoje, em modo ainda mais desmesurado e descontrolado, a maior ameaça para o mundo.

João Lisboa said...

Não reparou, pelos vistos, que a situação da política mundial, então e agora, não poderia ser mais diferente.

André said...

De acordo, mas não entendo muito bem o que quer dizer com 'a China não tem interesse nenhum na Russia'. Esta observação -entenderá - é absurda em tantos aspectos, que nem saberia por onde começar. Refere-se a interesses no interior da Rússia? Ou interesse na Rússia em geral? É que a Rússia está no topo de todas as preocupações de política externa da China....

Music lover said...

Acho que é o seu forte, acho mesmo, deve continuar...o problema é se alguém consegue perceber o que é que quer dizer.

Music lover said...

Procure ver quem são os principais parceiros economicos da China e veja onde se posiciona a Rússia. Aliás, esta Rússia do Putin é uma insignificância em muitos aspectos - Universidades, Hospitais, Ciência e Tecnologia, etc.