14 September 2022

Leopardo tem toda a razão quando cita Pérez Reverte ("Vejam, a guerra é a mesma. De Troia à Ucrânia. A forma técnica de fazer a guerra, de matar e destruir, mudou. Mas o ser humano é o mesmo. Assim, na guerra ucraniana, que é a guerra mais recente que todos nós temos, todos vimos na internet imagens dos dois lados a fazer atrocidades e a fazer coisas heroicas. Os russos fazem coisas terríveis e belas, e também vimos prisioneiros mortos, prisioneiros russos mutilados por ucranianos ou ucranianos mutilados por russos. Esse é o ser humano. Assim, é claro, a guerra é o ser humano levado ao extremo da sua bondade e do seu mal"). O que, apesar de rigorosamente verdadeiro, não resolve o problema de fundo: sendo evidente que, quando atacados, dar a outra face não resulta, como fazer?

5 comments:

Music lover said...

Os russos fazem coisas terríveis e belas
Bela literatura, bela música, sim!.Não consigo perceber o significado da palavra no texto...
Nesta guerra há um invasor/agressor e um invadido/agredido, o apelo à paz deveria ser dirigida ao agressor e não ser utilizada como retórica justificativa da insanidade.

Ana Cristina Leonardo said...

João, queres música...

João Lisboa said...

Sempre!...

nickname music for a new society said...

está justificada a intervenção dos Estados (quase) Unidos da América (e da prole) no Iraque (nas duas vezes), no Afeganistão e na Síria, do Iraque no Kuwait, da Arábia Saudita no Iémen, da Rússia e Turquia na Síria, da Rússia na Geórgia e na Ucrânia, de Israel na Palestina, ... só neste século. Independentemente da maior ou menor razão. Ou talvez não.

Music lover said...

É claro que não estão justificadas, mas também muito claro que não se utilize esse argumento para justificar esta guerra, esta tem de ser aceite porque houve outras.