Posso ser preguiçoso e pretensioso ? Vou citar-me: "(...) o recente e agudo (e grave, acrescento) processo de “financeirização” de um bem como a habitação (transformando-a numa económica palavra, activo) torna a questão da habitação num problema. (...) As mais valias geradas pelo mercado imobiliário (nomeadamente pelos fundos de investimento) quando comparadas com os “outros mercados“ das sociedades contemporâneas tornam-no “totalitário” e concorrem para que a desigualdade no acesso à habitação e, concomitantemente, na construção de cidades seja menos íntegra (no seu duplo sentido). Provavelmente, hoje, deveremos repensar se o período de taxas de juro baixas (apesar de uma inversão de tendência) não estão a ajudar a transformar uma boa parte das cidades num problema. As casas deixaram de ser compradas para ser vividas ou, numa quase (porque se esqueceu de mencionar rent) feliz e objectiva expressão do Presidente da Câmara Municipal de Roterdão Ahmed Aboutaleb, “If you buy a house, you need to live in it!”, para antes serem efemeramente usufruídas pelos forasteiros que nos visitam e pelos Fundos de Investimento, pelas mais valias que geram. Deixaram, pois, de ser um fim para se tornarem um meio para atingir um qualquer outro fim. O princípio “pecunia non olet” (“o dinheiro não tem cheiro”) serve para explicar os meios e os fins das cidades."
Hesitei entre: A House Is Not A Home, Rent, Burning Down The House ou Houses In Motion, House Rent Boogie, The House That We Once Lived In (dos mais que apropiados The Apartments), The House Of Jack Kerouac Built, The House Of Rising Sun, House Of Rising Son, My Father's House, Slip Inside This House, ... como banda sonora.
5 comments:
Posso ser preguiçoso e pretensioso ? Vou citar-me: "(...) o recente e agudo (e grave, acrescento) processo de “financeirização” de um bem como a habitação (transformando-a numa económica palavra, activo) torna a questão da habitação num problema. (...) As mais valias geradas pelo mercado imobiliário (nomeadamente pelos fundos de investimento) quando comparadas com os “outros mercados“ das sociedades contemporâneas tornam-no “totalitário” e concorrem para que a desigualdade no acesso à habitação e, concomitantemente, na construção de cidades seja menos íntegra (no seu duplo sentido). Provavelmente, hoje, deveremos repensar se o período de taxas de juro baixas (apesar de uma inversão de tendência) não estão a ajudar a transformar uma boa parte das cidades num problema. As casas deixaram de ser compradas para ser vividas ou, numa quase (porque se esqueceu de mencionar rent) feliz e objectiva expressão do Presidente da Câmara Municipal de Roterdão Ahmed Aboutaleb, “If you buy a house, you need to live in it!”, para antes serem efemeramente usufruídas pelos forasteiros que nos visitam e pelos Fundos de Investimento, pelas mais valias que geram. Deixaram, pois, de ser um fim para se tornarem um meio para atingir um qualquer outro fim. O princípio “pecunia non olet” (“o dinheiro não tem cheiro”) serve para explicar os meios e os fins das cidades."
Hesitei entre: A House Is Not A Home, Rent, Burning Down The House ou Houses In Motion, House Rent Boogie, The House That We Once Lived In (dos mais que apropiados The Apartments), The House Of Jack Kerouac Built, The House Of Rising Sun, House Of Rising Son, My Father's House, Slip Inside This House, ... como banda sonora.
Yup.
"Vou citar-me"
De onde?
(bela banda sonora)
Sim, por aqui: House Where Nobody Lives, Back To The Old House, Home Of The Brave, I Was Young When I Left Home, Around The House, Man On The Moon :-)
:-)
Chelsea Hotel #2
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