(sequência daqui) Se os Gang Of Four eram o comité ideológico do punk britânico e os Sex Pistols (muitas luas antes de John Lydon/Rotten acabar a apoiar Donald Trump) a extensão Situacionista, Joe Strummer, Mick Jones, Paul Simonon e ‘Topper’ Headon encarnavam a brigada operacional de agitação e propaganda. Desde The Clash (1977) e Give ’Em Enough Rope (1978), tanques de fermentação de "London’s Burning", "White Riot", "Career Opportunities", "Tommy Gun" e "Janie Jones" (na opinião de Martin Scorsese, “the greatest British rock and roll song”), os dados estavam lançados. Mas seria com London Calling, Sandinista (1980) e Combat Rock (1982) que o lugar dos Clash enquanto "The Only Band That Matters” ficaria definitivamente estabelecido. Incorporando elementos de rockabilly, reggae, dub, ska, funk e rock clássico – o design gráfico da capa de London Calling mimetizava o do álbum de estreia de Elvis Presley – como veículo para os slogans, palavras de ordem e denúncias políticas, os Clash envolver-se-iam com organizações e movimentos como a Anti-Nazi League e Rock Against Fascism, e Strummer não hesitaria em vestir t-shirts explicitamente em apoio das Brigadas Vermelhas italianas e dos alemães Baader Meinhof, material altamente inflamável no preciso momento em que o Reino Unido se precipitava no Thatcherismo. “Somos anti-fascistas, anti-violência, anti-racistas e pró-criativos” tinha afirmado Strummer em 1976. Mas, daí em diante, a banda dera consideráveis passos em frente. (segue para aqui)
20 July 2022
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