(sequência daqui) Ne verdade, uma boa parte dessa “magia” foi fruto da sua vontade e determinação. Quando, em 2002, declarou à “Rolling Stone” que a indústria musical era “uma fossa séptica” e “tinha vergonha” de fazer parte dela, anunciando a muito provável reforma antecipada, não estava a brincar: de facto, apenas publicaria mais um álbum (Shine, em 2007). Em entrevista ao “Los Angeles Times”, em Setembro de 2004, explicar-se-ia ainda melhor: “Noutro dia, alguém da indústria dizia que já não andavam em busca de talentos, o que fazia falta era gente com uma determinada imagem e vontade de colaborar. Engraçado, pensei eu, sempre me pareceu que ser totalmente destituído da vontade de colaborar era indispensável para se ser um artista. Não por quaisquer motivos perversos mas pela necessidade de proteger a nossa visão. As considerações de uma empresa, especialmente agora, nada têm a ver com arte ou com música. É por isso que passo o meu tempo a pintar”. Cobrindo o período durante o qual publicou os primeiros quatro álbuns – Song To A Seagull (1968), Clouds (1969), Ladies Of The Canyon (1970) e Blue (1971) –, Archives Volume 2: The Reprise Years (1968-1971) recolhe mais de 5 horas de raridades, ensaios e "outtakes", gravações domésticas, de estúdio e ao vivo, incluindo a estreia no Carnegie Hall de 1969, a aparição televisiva no Dick Cavett Show de 18 de Agosto de 1969 (onde, com Stephen Stills, David Crosby e Grace Slick se discutiriam as peripécias do festival de Woodstock dos dias anteriores), e a Peel Session, no Paris Theatre, de Londres, com James Taylor (1970). (segue para aqui)
11 January 2022
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