COMO CAMINHAMOS PELO MUNDO E
COMO O MUNDO CAMINHA ATRAVÉS DE NÓS
Como escapa uma miúda negra, da Carolina do Sul, à claustrofobia de uma família Adventista do 7º Dia? Dedica-se a estudar tuba. E oboé. Toca na “marching band” da escola. Às escondidas, vai escutando Nirvana, Miles Davis, Fiona Apple e Outkast. Mas foi apenas quando, aos 21 anos, Adia Victoria conseguiu comprar uma guitarra, que as portas se lhe abriram: “Nada se passava na minha vida. A guitarra descobriu-me na mesma altura que os blues me encontraram. Senti-me autorizada a contar as histórias de que nunca tinha falado. Foi uma bóia de salvação. Um refúgio. Não sabia como as minhas mãos podiam ser tão inteligentes. Toda a minha relação com o corpo mudou: ele não existia apenas para consumo e prazer dos outros. Existia para que eu pudesse fazer algo com ele, para mim. Sim, foi isso que aprendi com aquela pobre Washburn acústica”. Quando, há dois anos, publicou o impressionante Silences, tinha também escancarado outra porta: “Não acredito em música apolítica. Tomamos posição e comentamos o que se passa no mundo. Toda a música e arte são políticas”. (daqui; segue para aqui)
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