... e, para não engordar desmedidamente uma coluna de "edits", o devido destaque ao que foi uma política claramente definida e não apenas uma "falha burocrática"
Caro Joao: - na aldeia dos meus avós havia um taberneiro que dizia apreciar senhoras fortes. Segundo o nobre aldeão, 'dão tudo a um home'. Quem serei eu para julgar da sabedoria e experiência populares? Mas assim sendo, Portugal é uma gordinha da diplomacia. Dá tudo. Há 15 anos que trabalho fora de Portugal, com frequentes mudanças de nação, às vezes também de continente. Conheço bem a nossa diplomacia, o que a move e à maioria dos nossos diplomatas. Croquetes e negociata. De resto, nada mais interessa. Tenho muitas histórias. Mas digo-lhe apenas, em jeito de exemplo, que a representação consular e embaixada em Riad (também adstrita a Omã) não tem direcção de email publicado (ou não tinha até há pouco). Só telefone e Facebook. Descobri-lhes o email numa associação comercial não sei quê luso-arabe. Claro que, à semelhança de muitos outros contactos com outras representações consulares, nunca tive qualquer resposta aos meus emails. Há anos, estava eu trabalhando no SE Asiático e informam-me que o cônsul em Kuala Lumpur fora exonerado de forma desonrosa (qualquer coisa na mala diplomática). E em Omã, durante anos, o cônsul honorário da Lusa Pátria foi um insigne e conhecidissimo abusador da refeição e bebida volantes. Nunca se lhe conheceu qualquer serviço prestado à comunidade local de patrícios. Mas ambos nativos e expatriados de todas as nacionalidades o sabiam notório biltre, interessado apenas em partilhar das delícias que os maiores empresários locais propiciavam: - festarola, frequência de iates, cascata de champanhe e mais não digo, que o João tem leitoras. Curiosamente, muito curiosamente, quando veio a pandemia, com êxodo de expatriados, mirrar dos saraus, fechar das torneiras dos luxuosos néctares, sumiu-se a criatura. O Medina segue a tradição de dar tudo e esperar que nos convidem para a festa.
4 comments:
Caro Joao: - na aldeia dos meus avós havia um taberneiro que dizia apreciar senhoras fortes. Segundo o nobre aldeão, 'dão tudo a um home'. Quem serei eu para julgar da sabedoria e experiência populares? Mas assim sendo, Portugal é uma gordinha da diplomacia. Dá tudo. Há 15 anos que trabalho fora de Portugal, com frequentes mudanças de nação, às vezes também de continente. Conheço bem a nossa diplomacia, o que a move e à maioria dos nossos diplomatas. Croquetes e negociata. De resto, nada mais interessa. Tenho muitas histórias. Mas digo-lhe apenas, em jeito de exemplo, que a representação consular e embaixada em Riad (também adstrita a Omã) não tem direcção de email publicado (ou não tinha até há pouco). Só telefone e Facebook. Descobri-lhes o email numa associação comercial não sei quê luso-arabe. Claro que, à semelhança de muitos outros contactos com outras representações consulares, nunca tive qualquer resposta aos meus emails. Há anos, estava eu trabalhando no SE Asiático e informam-me que o cônsul em Kuala Lumpur fora exonerado de forma desonrosa (qualquer coisa na mala diplomática). E em Omã, durante anos, o cônsul honorário da Lusa Pátria foi um insigne e conhecidissimo abusador da refeição e bebida volantes. Nunca se lhe conheceu qualquer serviço prestado à comunidade local de patrícios. Mas ambos nativos e expatriados de todas as nacionalidades o sabiam notório biltre, interessado apenas em partilhar das delícias que os maiores empresários locais propiciavam: - festarola, frequência de iates, cascata de champanhe e mais não digo, que o João tem leitoras. Curiosamente, muito curiosamente, quando veio a pandemia, com êxodo de expatriados, mirrar dos saraus, fechar das torneiras dos luxuosos néctares, sumiu-se a criatura. O Medina segue a tradição de dar tudo e esperar que nos convidem para a festa.
Esclarecedor.
Essas histórias todas publicadas em livrinho é que era...
Começo a achar que circular em Lisboa pode não ser seguro.
O homem que se demita e não diga mais asneiras.
Um dia, quem sabe, por desfastio...
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