19 August 2020

Estávamos nós muito entretidos a confinar quando, nos cérebros daqueles argutos mercadores que compraram o PRD eanista em saldos para criar o PNR nazistóide, surgiu uma fulgurante ideia de "marketing" combativo: "Andamos, há 20 anos,  a encher chouriços fachos e ninguém nos liga peva... de repente, aparece um (a)ventureiro qualquer da bola prontinho para nos extorquir as parcas migalhas que ainda vamos abichando e... ficamo-nos?... Não!!!..." Porque o segredo da coisa estava, obviamente, no nome: "No ano 2000, aquando da fundação do PNR, já tínhamos sentido a necessidade de um nome totalmente inovador, com uma só palavra, coisa que não existia nessa época, e que rompesse com o paradigma existente". Embora, desde o início, "precepcionassem essa ideia, mas sem a conseguir concretizar", era, agora, chegado o momento de, dar o passo em frente que os faria entrar decisivamente para o caixote do lixo da História, criando um nome com "a particularidade original de transmitir um apelo, uma convocatória, uma interpelação pessoal". Como os imperativos "Chega!" e "Basta!" - aka "Chaga!" e "Besta!" - já estavam tomados pela desleal concorrência, houve quem propusesse "Foda-se!", "Chiça!", "Porra!"... mas, após intenso debate ideológico, optou-se, enfim, pelo brado tantas vezes angustiadamente proferido em dramáticos episódios de disfunção eréctil: "Ergue-te!" Concebido o símbolo em azul-Viagra com a chamazinha da esperança (que é a última a murchar) no hífen, aguarda-se ansiosamente na sede do partido a chegada, das Caldas da Rainha,  da primeira remessa de 1000 exemplares da peça central do inovador (porém, portuguesíssimo, cristão e tradicional) "merchandise" político!

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