26 June 2020

Porque falou sobre aborto, homossexualidade e feminismo e logo gerou protestos, uma série infantil animada da RTP2 cujo objetivo é dar a conhecer o exemplo de mulheres corajosas que mudaram o rumo da História foi imediatamente retirada pela directora de programação. Por outras palavras, na RTP, faltam mulheres corajosas - nem seria preciso serem muito corajosas - que mudem o rumo da História

Edit 1 (12:30) - "Será possível que as crianças e adolescentes portuguesas não possam ver referências a direitos LGBT ou de saúde reprodutiva que foram considerados apropriados para as crianças e adolescentes francesas da mesma geração? A sério, em 2020?"

Edit 2 (13:15) - (só agora, em atraso, detectado): tal como os profissionais de saúde tiveram o seu "prémiozinho", os professores não lhes ficaram atrás - generosamente, o serviço público de televisão permitiu-lhes estar presentes (e eles aceitaram!...) numa das mais fétidas latrinas do "entretenimento" paga pelo orçamento de Estado

18 comments:

Ricardo A. P. Reis said...

Daqui a pouco fazem animação de ficção científica em que as mulheres votam e a Terra gira à volta do Sol... Tem que ser já parado!

João Lisboa said...

Uma Terra que gira à volta do Sol e onde as mulheres votam só pode ser uma conspiração do marxismo cultural!

Anonymous said...

Exemplo do que se tornou o nosso país em muito poucos anos, por força da geringonça que governa e impôs uma agenda e um programa cultural marxista.

Em poucos anos uma minoria formada por comunistas, adquiriu a cidadania suficiente para impor aos demais cidadãos as suas ideias esquerdistas como o "novo normal". A chamada democracia passou a ser isto.
Quem os contestar, leva logo com o rótulo: é fascista, xenófobo, homófobico...PC

João Lisboa said...

Obrigado por ter confirmado o meu comentário anterior.

Anonymous said...

Isto é marxismo cultural, pago pela taxa de difusão na nossa conta de consumo eléctrico.
Começam a instrumentalizar as crianças assim que elas entram para a escola primária.
Estes atrasos de vida, marxistas culturais, abundam no governo, parlamento, TV's, rádios, jornais, universidades, ...uma praga, que nos empurra cada vez mais para o lugar de último país desenvolvido de Europa.

Joseph

Anonymous said...

Vi o episódio e fui um dos que se queixou . O beijo gay não é a questão, mas sim a forma como a personagem é rotulada como uma pessoa boa que só fez coisas boas, designadamente abandonar a família e a religião e defender o aborto. Cada um faz e defende o que entende. Não pode é a tv pública defender que certos princípios e ideias são bons e outros são maus, que é claramente o que a série faz. Isso é tomar partido e doutrinar em matérias sensíveis do foro íntimo de cada um. Uma coisa é dizer que alguém fez algo e outra é dizer que esse algo é bom e o contrário é mau, que foi o que vi.

Joseph

João Lisboa said...

"Isto é marxismo cultural..."

Agradecido também a si por ter confirmado o meu primeiro comentário.

João Lisboa said...

"Uma coisa é dizer que alguém fez algo e outra é dizer que esse algo é bom e o contrário é mau, que foi o que vi"

E lá vai pelo cano abaixo 90% da literatura, cinema, teatro universais...

Que tal fundar o Movimento da História Neutrazinha?... Por exemplo: "Adolf Hitler foi um político alemão, nascido em Linz, na Áustria. Tinha um ponto de vista muito pessoal acerca da relação com pessoas de origem judaica e procurou fazê-lo vingar. Nasceu em 1889 e morreu em 1945".

Anonymous said...

Ó João, este aqui é que topa bem o assunto...

https://observador.pt/opiniao/destemidas-uma-serie-de-desanimacao/

João Lisboa said...

O Capelão Magistral?... Teve presença assídua por aqui https://lishbuna.blogspot.com/search?q=capel%C3%A3o+magistral até o pasquim direitolas online ter d€cidido €rgu€r uma c€rca sanitária em torno dele: https://lishbuna.blogspot.com/2019/09/e-o-fim-de-uma-era.html

Daniel Ferreira said...

«E lá vai pelo cano abaixo 90% da literatura, cinema, teatro universais...»

Este argumento é entãosista.

«Que tal fundar o Movimento da História Neutrazinha?»

A História narra factos. Não existe «História de opinião», tal como não existe «jornalismo de opinião», por muito que se queira definir tal categoria.

Dizer que Hitler «Tinha um ponto de vista muito pessoal acerca da relação com pessoas de origem judaica e procurou fazê-lo vingar» não é ser neutro, mas apenas ingénuo e pouco rigoroso. Felizmente, isso está bem documentado e já foi devidamente narrado sem ter sido necessário atribuir epítetos. Cabe a cada um (mas não ao historiador) tirar conclusões sobre a bondade de carácter do ditador.

João Lisboa said...

"Este argumento é entãosista"

Porquê?

"A História narra factos. Não existe «História de opinião»"

Só existe História de opinião. E de interpretação. Narrar factos é mero alinhamento cronológico. Bastaria, então, existir uma História única apenas passível de uma ou outra correcçãoxinha, aqui e ali.

"Felizmente, isso está bem documentado"

Vai ver que ainda aparece aqui um exército de negacionistas a garantir que é tudo fake...

Daniel Ferreira said...

«Porquê»

«Porquê», como assim?!!

A discussão sobre «opinião» partiu de um comentário anónimo que dizia: «Uma coisa é dizer que alguém fez algo e outra é dizer que esse algo é bom e o contrário é mau». Neste sentido de «opinião» como juízo ético, mantenho a minha defesa da sua inadmissibilidade em História. Na sua resposta ao meu comentário, diz: «Só existe História de opinião. E de interpretação (...) Bastaria, então, existir uma História única apenas passível de uma ou outra correcçãoxinha, aqui e ali», o que me parece desviar-se do sentido inicial de que parti para se assemelhar ao conceito de intuição e de interpretação em relação às evidências disponíveis (que pode, de facto, variar radicalmente entre historiadores). Se é esse o seu sentido, então estamos de acordo, mas não era a isso que me referia.

João Lisboa said...

"«Porquê», como assim?!!"

Não percebi mesmo.

"Se é esse o seu sentido, então estamos de acordo"

Sim, é isso.

Daniel Ferreira said...

As duas formas mais comuns de entãosismo:

1) «Aquele tipo defende a opção A, mas não defende a B». Não se pode deduzir de forma lógica se o tipo deve também defender B porque defende A ou se, pelo contrário, deve é deixar de defender A porque também não defende B.

2) «Aquele tipo defende a opção A, mas, se assim é, então também tem de defender a B, C, D, E...». Não se pode deduzir nada de forma lógica sobre o valor da opção A, mas apenas que entre esta e as restantes existirá um equivalente lógico. É apenas uma reestruturação sintática da forma 1.

«"Uma coisa é dizer que alguém fez algo e outra é dizer que esse algo é bom e o contrário é mau, que foi o que vi"».

«E lá vai pelo cano abaixo 90% da literatura, cinema, teatro universais...»

O seu argumento pertence à segunda forma.

Como já deve ter adivinhado, só consigo ser um bom «date» se ficar calado e me concentrar no objectivo.

João Lisboa said...

"O seu argumento pertence à segunda forma"

Se calhar... mas, na minha cabeça desgraçadamente avessa à lógica (facto), era apenas uma natural conclusão: literatura e cinema universais estão sobrelotados de personagens (reais ou fictícias) defendendo que "algo é bom e o contrário é mau".

"Como já deve ter adivinhado, só consigo ser um bom «date» se ficar calado e me concentrar no objectivo"

:-)))

Táxi Pluvioso said...

Existem as palavras prémiozinho e imadiatamente? O acento não desaparece na construção da primeira, imadiatamente nunca ouvi falar.

Mas é positivo que a RTP controle os programas, afinal nós estamos vivendo o segundo iluminismo, só que este ilumina mais:

https://matt-galvo1-world.tumblr.com/post/622138674992267264/presidente-do-grupo-loreal-jean-paul-agon

João Lisboa said...

"prémiozinho e imadiatamente"

"Prémiozinho" não deveria levar acento mas o meu ouvido diz que sim. "Imadiatamente" é gralha. Obrigado.