16 January 2020

Mais coisa, menos coisa, 
essencialmente, é isto

Yves Klein - Blue Monochrome 1961

"A História de Arte sendo uma história inevitavelmente imersa no cenário mais vasto da História das transformações sociais, políticas, económicas, das revoluções sonhadas, da democracia possível, e das ditaduras que vamos permitindo, é, ao fim e ao cabo, mais uma história de indivíduos que, oriundos indiferentemente das massas ou das elites, constroem entre si cumplicidades de acção e de pensamento, acumulando nesse processo uma inteligência que se vai transmitindo de geração em geração através da poesia ou da literatura, do teatro ou da música, do cinema ou da dança, da arquitectura ou da arte, da filosofia ou da ciência. É neste tesouro acumulado ao longo dos séculos por gentes de muitas geografias, de culturas, religiões e rituais, práticas sociais e políticas diversas, que parece moldar-se aquilo que, à falta de melhor, convencionámos designar por civilização, termo que, por muito precário e discutível que se nos possa afigurar hoje no seu significado e limites, é ainda uma das poucas palavras desejavelmente possíveis. A arte que, apesar de tudo, não é tão velha como a espécie, seguramente continuará a acompanhá-la e, num qualquer dia próximo ou longínquo, virá a perecer com ela. Mas até esse dia, artistas hão-de continuar a nascer e morrer, o pensamento transformar-se-á incessantemente, revoluções hão-de talvez continuar a ser feitas, gerações suceder-se-ão, os jovens serão combativos como sempre foram, a humanidade construirá novos sonhos sobre os escombros de horrores ainda por vir. A arte, essa, será sempre. Até ao último dos dias"

5 comments:

alexandra g. said...

alex loves the way Johnny Be Goode thinks :D

João Lisboa said...

Just quoting.

:-)

alexandra g. said...

No, you're thoughts, exactly, and that's why you quote, U gorgeous :)*

João Lisboa said...

Pronto...

alexandra g. said...

:D

Bem sabes que te ganho :)