A propósito deste texto de João Pedro George, ocorreu-me que alguém deveria ir ainda mais longe (correndo, claro, o risco de desencadear fúrias "patrióticas") e fazer uma revisão da iconografia lusa, por exemplo, o brasão de Évora, "um brasão com bastantes detalhes e, por si só, uma obra de arte. No interior dum escudo de ouro, lá está o cavaleiro Geraldo Geraldes, a galopar num cavalo preto enquanto empunha uma espada de prata ensanguentada. Na parte de baixo do brasão de Évora, encontram-se as duas cabeças de mouros, um homem uma mulher, decapitadas pela espada" - não lhe parece, ex-"sit-down comedian"?
Edit (19:00) - ... em 1987, porém, sob "parecer do Dr. Pedro Sameiro, especialista em heráldica", foi terminantemente repudiada a selvajaria de uma bandeira... "gironada a vermelho e azul, que não respeita as regras estabelecidas na heráldica". Degolem-se os infiéis mas, por Santiago!, respeitando as regras da heráldica!!!...
8 comments:
Marxismo cultural a quanto obrigas...
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Repetindo-me: O "marxismo cultural" é uma das recentes bengalinhas linguísticas sempre prontas-a-usar quando se tem pouco mais para dizer. Na realidade, quendo não se tem mesmo nada para dizer além de disparar o chavão que substitui o acto de... pensar. É pena. Com bengalinhas/chavões é impossível haver uma discussão interessante
Pois é. Pimenta no cu dos outros é refresco.
Como é que tu - militante do marxismo cultural - poderias ser (bom) advogado em causa própria?...
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O "marxismo cultural" é uma das recentes bengalinhas linguísticas sempre prontas-a-usar quando se tem pouco mais para dizer. Na realidade, quendo não se tem mesmo nada para dizer além de disparar o chavão que substitui o acto de... pensar. É pena. Com bengalinhas/chavões é impossível haver uma discussão interessante
Se pude dar uma vista de olhos a este artigo e, quem sabe, a outros artigos do mesmo autor, perceberá o quanto está equivocado
Maria Catarina
https://observador.pt/opiniao/a-pandemia-esquerdista/
Ok, assim já se poderá discutir qualquer coisa, Pouco, porque o texto é fraquinho, mas alguma coisa. No entanto, estive quase a parar no segundo parágrafo quando li:
"Através do conceito de regressão, devemos a Freud..."
Ao Freud não devemos nada a não ser um conjunto de parlapatices anti-científicas que, desgraçadamente, ainda lhe sobrevivem e tanto atrasaram o desenvolvimento das neurociências.
Mas, logo a seguir, aparece:
"a sobrevalorização da dimensão material das existências"
Desconheço o que possa haver para além da "dimensão material das existências". Logo, não se pode sobrevalorizar aquilo que apenas existe, sem termo de comparação.
Depois, a ficção (nada científica):
"a tão mística quanto trágica sociedade comunista"
Como pode ter sido "trágica" uma coisa que nunca existiu? De acordo com os próprios marxistas, a sociedade comunista, após o longo período do socialismo (com ditadura do proletariado e tudo), atingir-se-ia com a extinção do Estado e das classes. Claro que a célebre anedota se poderá justissimamente aplicar:
- O que é o comunismo?
- O comunismo é o horizonte radioso da Humanidade.
- O que é o horizonte?
- É uma linha imaginária que se afasta à medida que tentamos alcançá-la.
E, indiscutivelmente, todas as experiências "socialistas" - URSS (e satélites), China, Albânia, Cuba... foram tremendos e criminosos fracassos. Mas "sociedade comunista" - seja lá isso o que for - nunca houve.
E, era de prever, as inevitáveis generalizações tontas:
"nos domínios cultural e identitário os europeus não se confundem com os africanos, árabes, asiáticos, americanos e vice-versa"
Quais europeus? Quais africanos, árabes, asiáticos e americanos? São todos iguais?... O evangelista alucinado do Texas (por exemplo) é muito diferente do imâ muçulmano de Kabul?... Assim, não vale a pena.
Entretanto, pelo meio, lá vai aparecendo o "marxismo cultural". Só assim, "marxismo cultural". Sem mais nadinha: "marxismo cultural".
O que, naturalmente, não me deixa outra alternativa senão tentar que, repetindo pela quarta vez, A ideia passe: o "marxismo cultural" é uma das recentes bengalinhas linguísticas sempre prontas-a-usar quando se tem pouco mais para dizer. Na realidade, quendo não se tem mesmo nada para dizer além de disparar o chavão que substitui o acto de... pensar. É pena. Com bengalinhas/chavões é impossível haver uma discussão interessante.
A criatura é mesmo fraquinha.
https://observador.pt/opiniao/o-psd-no-seu-melhor/
Claramente a fazer-se a carreira política no PSD mas aquele estilo à intelectual do Largo do Rato Mickey https://lishbuna.blogspot.com/search?q=largo+do+Rato+Mickey não o favorece.
No entanto, apreciei muito este naco lapidar (ainda que gramaticalmente coxinho): "Um dos vícios que impede os indivíduos lidarem com a complexidade do real é o de confundirem a árvore com a floresta".
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