12 July 2019

Acerca do momentoso "caso Fátima Bonifácio" (saberá ela que tem o nome da filha do "profeta" e de um - perdoem a redundância - papa facínora?), ocorre-me especialmente dizer que é com bastante orgulho e felicidade que não partilho "as mesmas crenças religiosas e os mesmos valores morais [que] fazem parte de uma entidade civilizacional e cultural milenária que dá pelo nome de Cristandade" - e sei muito bem porquê

6 comments:

alexandra g. said...

who doesn't?
abraço nessa cabeça inteligente & livre :)

João Lisboa said...

Many don't.

Ana Silva said...

Acha que o texto da FB devia ter sido publicado? Tenho lido tanta coisa e continuo a pensar que existe o direito de publicar um texto que está entre o discurso de ódio e o direito a ofender (é muito difícil perceber onde começa um e acaba o outro, parece-me). E penso que um texto dessa natureza deve ser atacado, ponto por ponto, com afirmações que apresentem argumentos éticos e científicos (é giro deitar aquilo por terra indo ao terreno académico - o da História - que dá "estatuto" de colunista).

João Lisboa said...

Proibir a publicação de textos parece-me sempre um mau princípio que costuma conduzir a ainda piores fins. Aliás, se tivesse sido censurado no "Público", seria, certamente, publicado noutro sítio qualquer com a aura acrescida de "texto maldito". E claro que "deve ser atacado, ponto por ponto, com afirmações que apresentem argumentos éticos e científicos". Nomeadamente, aconselhando a leitura dos 9 volumes do Karlheinz Deschner sobre a "História Criminal do Cristianismo". :-)

Ana Silva said...

:-) A historiadora Fátima não o leu, está visto.
Em relação ao resto, li o editorial do Público e continuo sem perceber a decisão tomada. Quando é que se percebeu que era discurso de ódio? Foram as reacções? E esta categoria de discurso de ódio leva-me a pensar que se supõe haver palavras com capacidade intrínseca de desencadear acções. Como se avalia isto? Não lhe parece muito difícil?

João Lisboa said...

"leva-me a pensar que se supõe haver palavras com capacidade intrínseca de desencadear acções"

Há um romance muito divertido sobre isso: "A Sétima Função da Linguagem", de Laurent Binet.