20 April 2019



"Eu, Jesus de Nazaré, também chamado Cristo, filho de Maria, casada com José, da casa e família de David (Lc 1, 27), na iminência da minha morte, em voluntário sacrifício de obediência a meu Pai Deus"

Mas, se o Zé não era o pai da criança (parece que realmente não era), e a criança, o pai e mais a pombinha eram um e o mesmo, há aqui uma grossa confusão, não há?

"Deixo a todos os que são injustiçados a mansidão com que acatei a iníqua sentença de Pôncio Pilatos"

Deixa ver se entendi bem: quando a sentença é "iníqua", o bom cristão diz "ok, no hard feelings, espetem-me na cruz, mandem-me para as câmaras de gás ou façam-me arder na fogueira, não vou fazer uma peixeirada por causa disso"?

"Deixo o indulto de que beneficiou Barrabás, e que me era devido"

Pá, foi um voto democrático (e por unanimidade)... 

"Sendo rico, me fiz pobre por amor dos pobres"

Então, afinal, o pobre carpinteiro estava cheio de guito?

"Deixo aos doentes as minhas dores, para que se alegrem nos seus sofrimentos"

Grande amiguinho, hein?...

"Deixo a minha santa face impressa nos corações dos que socorrem os aflitos, como a deixei gravada no véu da Verónica"

Isso, sim, foi um grande avanço tecnológico! (mas auto-santificar-se descaradamente dessa maneira também já é um bocadinho de gabarolice...)

"Deixo às vítimas dos abusos de menores por membros do clero da minha Igreja o ultraje das bofetadas e escarros que recebi dos sacerdotes do meu povo"

... já começa a ser demais, ó Jota!... primeiro os doentes e, agora, as vítimas dos abusos de menores pelos funcionários da empresa?!!!... Com amigos assim, quem precisa de inimigos?... 

"Deixo à Igreja o meu coração, trespassado pela lança do soldado, de que jorra uma água viva" 

Pronto, se calhar, a gravíssima anemia pode explicar o destrambelho mental...