15 October 2018

10 comments:

Anonymous said...

Enquanto existir o Dinheiro e o Estado, tudo não passa de eleitoralismo.

Ou por acaso acreditas na filantropia daqueles que "gerem" a vida social do alto dos seus lugares quando dependem de votos de quem os põe lá?

A responsabilização pelo devir não pode estar nas mãos daqueles que administram o Estado e gerem o dinheiro. Sempre dos outros.


João Lisboa said...

"Ou por acaso acreditas..."

Não acredito em coisa nenhuma. Tenho muito pouco apreço pelo verbo "acreditar" e procuro sempre evitá-lo.

Com eleitoralismo ou sem ele, se é possível existirem transportes públicos gratuitos (pelos vistos, 57 cidades na Europa já os têm), óptimo. E estou-me nas tintas para as motivações.

alexandra g. said...

quem me dera um transporte público...

desemprego os dias a 6Km, uma distância que só posso fazer de automóvel (o meu/boleias), ou de mota. Fui ver quanto custa uma daquelas eléctricas: mais do que 10 ordenados, muito mais do vale o popó que actualmente conduzo, em querendo venê-lo.

além destes factos, sucede que tenho 2 caminhos para lá chegar/regressar: um IC e uma estrada sem iluminação. No IC não posso caminhar, é proíbido, na outra... e nem falarei dos declives de 13%, etc.

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wellcome to 'interior desertificado'! :)

esta sensação de que o lugar que habito não existe, mesmo, não me larga, mas o pior é sentir que também não existe aqui ninguém.

a revolta............

João Lisboa said...

"esta sensação de que o lugar que habito não existe, mesmo, não me larga, mas o pior é sentir que também não existe aqui ninguém"

Belo início de um livro.

Anonymous said...

"Com eleitoralismo ou sem ele, se é possível existirem transportes públicos gratuitos (pelos vistos, 57 cidades na Europa já os têm), óptimo. E estou-me nas tintas para as motivações."

Se viver na aldeia, ou se andar a pé, será justo que financie os transportes gratuitos da cidade?

Nas tintas para as motivações, o que interessa é que seja gratuito...Mesmo que apareça para aí um Bolsonaro de trazer por casa a propor a medida como isco eleitoral?

João Lisboa said...

"Se viver na aldeia, ou se andar a pé, será justo que financie os transportes gratuitos da cidade?"

Justíssimo. Eu também financio - e muito bem - os subsídios à agricultura e à pecuária (e ando muito a pé). Além de que, nas cidades, vive infinitamente mais gente do que nas aldeias.

"Mesmo que apareça para aí um Bolsonaro de trazer por casa a propor a medida como isco eleitoral?"

A questão é exactamente essa: se for como isco eleitoral, a embrulhar um pacote de bolsonarices, é preciso reparar em quem empunha a cana de pesca. A medida em si mesma - tal como parecem demonstrá-lo 57 cidades europeias - não me parece mal.

alexandra g. said...

Be Goode, Johnny,

jamais pagarás o oxigénio emitido, por exemplo, na região onde vivo (concelho Carbono 24...), que não fica exactamente sentado à espera que a malta da cidade o venha respirar---

mais, aqui tb existe o sector terciário, essa praga, que da agricultura e da pecuária muito teríamos que conversar, nomeadamente, para onde/quem vão os apoios.

calmex, man, ai!

alexandra g. said...

É claro que percebeste:

é o 'interior desertificado' que está a lançar oxigénio para o resto do país (com aquilo que resta da manhcha verde): não estará na hora de cobrar imposto a quem vive nas cidades? depois, falas que te vão ao bolso para apoiar a pecuária e a agricultura, mas, diz-me, apoiar quem, exactamente??? é que conheço gente com projectos do catano que nunca viram um chavo e são ainda os mesmos de sempre a receber "o que tu também financias"...

caneco, João!

João Lisboa said...

"não estará na hora de cobrar imposto a quem vive nas cidades?"

Sim, a quem polui, nas cidades (a maioria) ou fora delas.

"depois, falas que te vão ao bolso para apoiar a pecuária e a agricultura"

Eu não disse que "me vão ao bolso", disse "eu também financio - E MUITO BEM". Quero dizer que estou completamente de acordo em fazê-lo. Embora gostasse que, de um modo geral, os efeitos fossem mais visíveis.

alexandra g. said...

porra, João, mas continuas a dar a volta ao texto!?!!?
tu não usas transportes públicos? Poluem, meu querido, tb poluem!

E, ah! "gostavas que"? So do i/did i/would i!!!

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(muito gostaria eu que a malta habitando as cidades viesse viver pollas bandas interiores para ver como é gasto o seu - E O MEU, QUE VIVO AQUI! financiamento...)

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(se t'apanho...ai!)