14 August 2018

O tio Pimpão (que é poeta), a sobrinha Joaninha (que é fadista) e a amizade entre os povos (que é tão linda) (já tem um mês mas, para além de ser uma bonita história intemporal, serve também para recordar que o Má Despesa Pública continua alive and kicking)

+ um arroubo lírico do poeta Pimpão 
(aliás, Pedro Assis Coimbra)

Um Pimpão nas asas da poesia
  
Açafrão e Algodão

A ponte muito antiga na aventura da descoberta.
Um aeroporto que ficava no caminho do coração.
A mão deslizando por debaixo da roupa clara.

Recordando imaginava os dois beijos de museu
a primeira viagem de comboio pela capital vizinha
feita de autocarro na voz inesperada duma guitarra.

No transfer para o hotel como as tuas nádegas cediam
aos avanços açafrão dos meus dedos de algodão.
Os teus lábios que foram feitos à medida dos meus.
Foi no domingo à tarde depois de uma noite sem fim.

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