Sempre achei que o cu tem tudo a ver com as calças. Ou deveria ter. Quando não tem ou é defeito do cu ou das calças.
"Gebo, o Ronaldo?"
Claro que não, é um cavalheiro finíssimo e sofisticado. Onde teria eu a cabeça...
"Não me diga que é contra a criação de riqueza e postos de trabalho?"
Só um tonto seria. Mas terá, por acaso, reparado que o post é acerca de algo inteiramente diferente?
"o seu mal é o mal de muitos outros que se dizem não ser de esquerda nem de direita, mas fazem o joguinho do BE"
Quem, de certeza, faz "o joguinho do BE" são os tolinhos que imaginam ver gente a fazer "o joguinho do BE" debaixo de cada pedra.
"Nacionalismo queque" é qualificação que me assenta assaz mal, a começar porque o conceito de "nação" foi osso que nunca consegui digerir... coisa fácil de compreender se se desse ao trabalhinho de ler mais do que um post; se quiser deixar de ser intelectualmente preguiçoso, tem aqui 882 para ler: http://lishbuna.blogspot.pt/search/label/identidade (e há mais).
"Claro que não, é um cavalheiro finíssimo e sofisticado. Onde teria eu a cabeça..."
Tipo Ricardo Espírito Santo ?
Prefiro o gebo do Ronaldo . Aquele golo de cabeça é uma obra de arte . O Ricardo é mais sofisticado a roubar a plebe mas roubar por roubar prefiro aqui o mãozinha de Benfica que a meter os dedos nos bolsos da Malta na carreira é um artista .
Quero eu lá saber do Benfica, do Sporting ou do Porto... e a seita Espírito Santo é tão "fina & sofisticada" como o Ronaldo. Eventualmente, aprendeu a comer com garfo e faca mais cedo mas nada mais do que isso...
Não se trata de clubes . O assunto é futebol enquanto desporto e espetáculo. Por vezes é chato e aborrecido mas muitas vezes é um espectáculo tão bonito , emotivo e apaixonante como um filme de scorsese .
Quero lá saber dos pontapés na gramática dos jogadores de futebol, quero é ver os pontapés na bola . Como dizia Cruyft o futebol quando é jogado com a cabeça utilizando bem os pés é um desporto magnífico.
Ronaldo não fale bem, tem dificuldade em articular uma frase com sentido , é narcisista , novo rico e outras coisa mais , mas não é para ver isso que eu pago um bilhete para ir à bola , pago para ver um espectáculo por vezes sublime.
António Lobo Antunes que felizmente ainda não chegou ao fim da data, e que nasceu em 1942, disse ao jornal espanhol El País, numa entrevista que foi replicada pelo MaisFutebol, de onde retiro estes últimos trechos, maravilhas sobre Messi: “nunca servi para outra coisa. Não sirvo para a vida prática. Nem sequer tenho computador. Escrevo à mão, porque é como bordar. Gosto do cheiro do papel, gosto dessa coisa artesanal que é escrever, do desenho das letras. Há três ou quatro coisas importantes na vida: os livros, os amigos, as mulheres e Messi. Vi-o há pouco tempo, pela televisão, no Mundial de Clubes. Quem me dera escrever como Messi joga futebol. A bola parece amá-lo”
Futebol se joga no estádio? Futebol se joga na praia, futebol se joga na rua, futebol se joga na alma. A bola é a mesma: forma sacra para craques e pernas de pau. Mesma a volúpia de chutar na delirante copa-mundo ou no árido espaço do morro. São voos de estátuas súbitas, desenhos feéricos, bailados de pés e troncos entrançados. Instantes lúdicos: flutua o jogador, gravado no ar — afinal, o corpo triunfante da triste lei da gravidade.
Explicaba sus famosos regates: «Son fáciles. Los defensas se descuidan y yo paso». En Chile, antes de jugar, preguntó: «¿Hoy es la final? Con razón hay tanta gente». Ni se había enterado... Al acabar, le pidieron «dos palabras para la radio». Las dijo: «Adiós, micrófono». :)
Pouco é necessário dizer sobre a origem e a natureza da praga do politicamente correto. Algo que grassa por aqui.
Muitos autores, e eu mesmo, já escrevemos contra ela: trata-se de uma forma de censura do pensamento, dos gestos e da linguagem, mediada por uma pauta política de esquerda herdada da new left (nova esquerda) americana das últimas décadas do século passado.
Uma esquerda das universidades, sem a fibra para luta da esquerda clássica, que matou gente a rodo (mas era, pelo menos, feita de “cabras” sinceros), a new left americana é filha de Foucault e Derrida, gente que queria tomar vinho e criticar gestos, palavras e humores, sem aptidão para o combate a não ser via censura e humilhação pública dos outros, enfim, coisa de covarde (nos últimos tempos, essa esquerda covarde recebeu a bênção de dois nomes típicos da revolução queijos e vinhos francesa, Žižek e Badiou).
Essa esquerda de campus visa destruir os inimigos e fortalecer os criadores dessa pauta correta, como toda forma de censura, aliás, sempre se dizendo em nome do bem, mas que tem como inimigo número um o risco que a liberdade sempre carrega em si mesma.
15 comments:
O que é que o cu tem a ver com as calças?
Gebo, o Ronaldo?
Tenha tino, sr. João Lisboa.
Não me diga que é contra a criação de riqueza e postos de trabalho?
Aprenda com este link, sff, porque o seu mal é o mal de muitos outros que se dizem não ser de esquerda nem de direita, mas fazem o joguinho do BE
http://portadaloja.blogspot.pt/2016/07/o-nacionalismo-queque.html
Tenha o melhor dia que consiga.
Romualda Djaló
"O que é que o cu tem a ver com as calças?"
Sempre achei que o cu tem tudo a ver com as calças. Ou deveria ter. Quando não tem ou é defeito do cu ou das calças.
"Gebo, o Ronaldo?"
Claro que não, é um cavalheiro finíssimo e sofisticado. Onde teria eu a cabeça...
"Não me diga que é contra a criação de riqueza e postos de trabalho?"
Só um tonto seria. Mas terá, por acaso, reparado que o post é acerca de algo inteiramente diferente?
"o seu mal é o mal de muitos outros que se dizem não ser de esquerda nem de direita, mas fazem o joguinho do BE"
Quem, de certeza, faz "o joguinho do BE" são os tolinhos que imaginam ver gente a fazer "o joguinho do BE" debaixo de cada pedra.
"Nacionalismo queque" é qualificação que me assenta assaz mal, a começar porque o conceito de "nação" foi osso que nunca consegui digerir... coisa fácil de compreender se se desse ao trabalhinho de ler mais do que um post; se quiser deixar de ser intelectualmente preguiçoso, tem aqui 882 para ler: http://lishbuna.blogspot.pt/search/label/identidade (e há mais).
"Tenha o melhor dia que consiga"
São praticamente todos muito bons.
"Claro que não, é um cavalheiro finíssimo e sofisticado. Onde teria eu a cabeça..."
Tipo Ricardo Espírito Santo ?
Prefiro o gebo do Ronaldo . Aquele golo de cabeça é uma obra de arte .
O Ricardo é mais sofisticado a roubar a plebe mas roubar por roubar prefiro aqui o mãozinha de Benfica que a meter os dedos nos bolsos da Malta na carreira é um artista .
Quero eu lá saber do Benfica, do Sporting ou do Porto... e a seita Espírito Santo é tão "fina & sofisticada" como o Ronaldo. Eventualmente, aprendeu a comer com garfo e faca mais cedo mas nada mais do que isso...
Não se trata de clubes . O assunto é futebol enquanto desporto e espetáculo. Por vezes é chato e aborrecido mas muitas vezes é um espectáculo tão bonito , emotivo e apaixonante como um filme de scorsese .
Quero lá saber dos pontapés na gramática dos jogadores de futebol, quero é ver os pontapés na bola . Como dizia Cruyft o futebol quando é jogado com a cabeça utilizando bem os pés é um desporto magnífico.
Ronaldo não fale bem, tem dificuldade em articular uma frase com sentido , é narcisista , novo rico e outras coisa mais , mas não é para ver isso que eu pago um bilhete para ir à bola , pago para ver um espectáculo por vezes sublime.
António Lobo Antunes que felizmente ainda não chegou ao fim da data, e que nasceu em 1942, disse ao jornal espanhol El País, numa entrevista que foi replicada pelo MaisFutebol, de onde retiro estes últimos trechos, maravilhas sobre Messi: “nunca servi para outra coisa. Não sirvo para a vida prática. Nem sequer tenho computador. Escrevo à mão, porque é como bordar. Gosto do cheiro do papel, gosto dessa coisa artesanal que é escrever, do desenho das letras. Há três ou quatro coisas importantes na vida: os livros, os amigos, as mulheres e Messi. Vi-o há pouco tempo, pela televisão, no Mundial de Clubes. Quem me dera escrever como Messi joga futebol. A bola parece amá-lo”
"Ronaldo não fala bem, tem dificuldade em articular uma frase com sentido , é narcisista , novo rico e outras coisa mais"
Ok, é gebo.
"Quem me dera escrever como Messi joga futebol"
Claro, qualquer gajo da 3ª divisão joga melhor do que ele escreve.
Gebo não tem o significado do que disse sobre ele.
Quanto ao Lobo Antunes escrever mal são opiniões .
Futebol
Futebol se joga no estádio?
Futebol se joga na praia,
futebol se joga na rua,
futebol se joga na alma.
A bola é a mesma: forma sacra
para craques e pernas de pau.
Mesma a volúpia de chutar
na delirante copa-mundo
ou no árido espaço do morro.
São voos de estátuas súbitas,
desenhos feéricos, bailados
de pés e troncos entrançados.
Instantes lúdicos: flutua
o jogador, gravado no ar
— afinal, o corpo triunfante
da triste lei da gravidade.
In Poesia errante
Eu gosto do Maradona. Antes dedicarem-me uma canção que darem-me o nome de um aeroporto :)
https://www.youtube.com/watch?v=mFObQqpM1ZM
Ainda, futebol: Garrincha que não é preciso ser um cepo como o Ronaldo
http://www.abc.es/20120227/deportes-futbol/abci-garrincha-angel-piernas-torcidas-201202270914.html
Explicaba sus famosos regates: «Son fáciles. Los defensas se descuidan y yo paso». En Chile, antes de jugar, preguntó: «¿Hoy es la final? Con razón hay tanta gente». Ni se había enterado... Al acabar, le pidieron «dos palabras para la radio». Las dijo: «Adiós, micrófono».
:)
no topo
para dj rappa, Japão e rappin hood
auto-estima é a gente
gostar de gente
como a gente é
ter as pernas tortas do garrincha
ser o sol de bicicleta do Pelé
se olhar no espelho
transformar a dor do porão do navio negreiro
em samba, ragga, rap, dub
perceber que a alegria e a lágrima
de ser negro, mulato, ianomâmi, lusitano
me deixa mais belo, mais zumbi, mais guerreiro
sem auto-estima
não arrumo nem a rima
Pouco é necessário dizer sobre a origem e a natureza da praga do politicamente correto. Algo que grassa por aqui.
Muitos autores, e eu mesmo, já escrevemos contra ela: trata-se de uma forma de censura do pensamento, dos gestos e da linguagem, mediada por uma pauta política de esquerda herdada da new left (nova esquerda) americana das últimas décadas do século passado.
Uma esquerda das universidades, sem a fibra para luta da esquerda clássica, que matou gente a rodo (mas era, pelo menos, feita de “cabras” sinceros), a new left americana é filha de Foucault e Derrida, gente que queria tomar vinho e criticar gestos, palavras e humores, sem aptidão para o combate a não ser via censura e humilhação pública dos outros, enfim, coisa de covarde (nos últimos tempos, essa esquerda covarde recebeu a bênção de dois nomes típicos da revolução queijos e vinhos francesa, Žižek e Badiou).
Essa esquerda de campus visa destruir os inimigos e fortalecer os criadores dessa pauta correta, como toda forma de censura, aliás, sempre se dizendo em nome do bem, mas que tem como inimigo número um o risco que a liberdade sempre carrega em si mesma.
"Algo que grassa por aqui"
Onde?
Caro anónimo da grassa , não percebi nada
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