20 February 2016

“Une heure après la mort, 
notre âme évanouie 
Sera ce qu'elle était 
une heure avant la vie” 
(Cyrano de Bergerac, citado por Umberto Eco 
em A Ilha do Dia Antes)

9 comments:

Anonymous said...

Tens aqui uma hipótese de te redimires - intelectualmente falando - e de deixares de lançar bojardas sobre aquilo que não sabes

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/-1723592

João Lisboa said...

Psicanálise como "redenção"? Nem à morte.

Anonymous said...

O que se pede é a introdução da dúvida. Pareces tão obstinado, tão inflexível na tua tomada de posição em relação à Psicanálise, que mais parece uma questão pessoal, e não científica e das ideias. Desculpa dizer-te mas posicionas-te à maneira antiga, como se a Psicanálise se confundisse com o seu criador e o resto fosse paisagem. Já não estamos no tempo da máquina a vapor, meu caro. E o caso, entre outros, português, de Coimbra de Matos é disso exemplo.
Experimenta ler "A Depressão" do citado psicanalista e verás. Quem diz este livro, diz outro qualquer deste autor. Ouro puro.

Maria Isabel

João Lisboa said...

"O que se pede é a introdução da dúvida"

A dúvida é a matéria-prima essencial do método e do pensamento científico. O problema de fundo da psicanálise é, justamente, não conter uma molécula de cientificidade.

"como se a Psicanálise se confundisse com o seu criador e o resto fosse paisagem"

Pois, infelizmente, mais de um século depois, continua a procriar. A mãe dos idiotas está permanentemente grávida.

"Já não estamos no tempo da máquina a vapor"

Verdade. Desgraçadamente, ainda não abandonámos por completo o tempo da psicanálise. Nem o da homeopatia. E mais uns quantos oitocentismos, hoje, indesculpáveis.

Anonymous said...

Como diria um amigo, o narcisismo é o falso-self onde se encobrem as doenças da identidade.


Maria Isabel

João Lisboa said...

Ora aí está a quintessência da parlapatice psicanalhítica.

João Lisboa said...

Ganhei coragem (quero dizer pachorra) para ir ler a entrevista do link.

Ainda bem que o fiz. É, realmente, preciosa. Gostava de o apresentar à minha ex-porteira (santa senhora), têm pontos de vista bastante idênticos.

"A nossa colonização foi muito melhor do que a colonização de outros países, nomeadamente de Espanha. Fizemos uma colonização mais respeitadora, mais suave"

"O Salazar não matava, mandava prender" (por acaso, aqui, a minha ex-porteira, votante convicta na CDU, era um bocadinho mais radical)

"Os homens falam de uma forma mais grave, as mulheres de maneira mais melódica"

"Os casais heterossexuais são mais harmónicos"

"O que interessa na mulher são as características morais, mas se for bonita ajuda”

"Já pensou que em vez de estarmos aflitos com o mosquito que transmite o Zika, devíamos pensar que isso pode ser um processo de resolver as dificuldades de proteínas, e começar a comer esses mosquitos num prato especial?"

E gostei muito deste tocante momento autocrítico:

"Como é uma ciência mais difusa, com menos certezas, é mais fácil formar essas escolas e crenças. Religiões, quase; seitas"

Anonymous said...

Não é bonito 'truncar' as entrevistas, João Lisboa...
É um golpe baixo.
Sugiro que leias mais sobre o assunto.

Maria Isabel

João Lisboa said...

Truncar???!!!... A entrevista está aí completa no link.