"O que resta da política, tal como ela se apresenta nas suas manifestações mediáticas, é uma coisa sem nome para indivíduos tratados como intelectualmente retardados ou como crianças. O regime de infantilização do eleitor tornou-se uma regra, um jogo a que todos se vão acomodando. Ele é cúmplice de um discurso hegemónico a que se chama 'comentário político' e cujo modelo tanto é a palestra didáctica do mestre-escola sobre as margens anedóticas da política, como um divertimento à volta das manobras tácticas do jogo político. Há em todo este fenómeno — que ora é popular, ora é infantilizante, ora é carnavalesco — um autoritarismo doce e invasivo. Esta subcultura já forneceu matéria para um debate sobre os fascismos sem fascismo, sobre novas formas de fascismo que não são incompatíveis com as democracias liberais do nosso tempo" (AG)
23 January 2016
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