Pensamento filosófico português (CXXVI)
valter hugo mãe
"Salvas da sua contingência material, todas as coisas se apresentam como atributos apenas mentalmente consideráveis, que é modo racional, pragmático, para se referir questões de alma. (...) Aquém da transcendência, muitas coisas são suficientemente transcendentes, vulgo, coisas da arte. (...) Na arte, e porque é uma transcendência específica, o dentro e o fora, o cima e o baixo, podem simplesmente ser predicados inutilizados. Na arte, e porque provavelmente é a única transcendência existente, o dentro e o fora, o cima e o baixo, podem simplesmente ser predicados inutilizados"
O dentro & o fora, o cima & o baixo
8 comments:
Vejo-me sempre transportado para o Hyde Park de Sydney, largado a caminhar nesse entardecer dos antípodas que nada prometia. Vivia então a prazo uma inconsequência que já me cansava. As cordas descidas da guitarra serviam na perfeição a passada sem rumo como um coração emprestado. Uma pequena cirurgia musical, realizada em repeat para afugentar pontas soltas. Depois umas ruas avulsas, nada digno de colecção. A cabeça levitada pela indolência da voz nos auscultadores. A letra errada que convinha: "You wasted life, why wouldn't you waste it?" E, de repente, toda a soberania desse verbo fraterno: esbanjar. Viver faustosamente garantia nenhuma. Achado no mapa como um ponto perdido.
?
Vasco Gato, yours trully.
Miau.
É granda texto não é mermao. A poesia a gostar dela própria. Javarditos.
... ...
à porta da escola, eu fui abordado,
por parasitas, fora da lei,
deram-me um cigarro mal confeccionado,
e deste aí, nunca mais me libertei.
vivia sozinho, num mundo fechado,
consumia passa sem parar,
mal sabia eu que estava enganado,
até ao dia em que me parei de passar.
fumo aqui, fumo ali, fumo lá,
deita fora a passa, ó pá.
fumo aqui, fumo ali, fumo lá,
deita fora a passa, ó pá.
Fortíssimo candidato ao pfp.
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