13 April 2015

Pensamento filosófico português (CXXVI)

8 comments:

Anonymous said...

Vejo-me sempre transportado para o Hyde Park de Sydney, largado a caminhar nesse entardecer dos antípodas que nada prometia. Vivia então a prazo uma inconsequência que já me cansava. As cordas descidas da guitarra serviam na perfeição a passada sem rumo como um coração emprestado. Uma pequena cirurgia musical, realizada em repeat para afugentar pontas soltas. Depois umas ruas avulsas, nada digno de colecção. A cabeça levitada pela indolência da voz nos auscultadores. A letra errada que convinha: "You wasted life, why wouldn't you waste it?" E, de repente, toda a soberania desse verbo fraterno: esbanjar. Viver faustosamente garantia nenhuma. Achado no mapa como um ponto perdido.

João Lisboa said...

?

Anonymous said...

Vasco Gato, yours trully.

João Lisboa said...

Miau.

Anonymous said...

É granda texto não é mermao. A poesia a gostar dela própria. Javarditos.

João Lisboa said...

... ...

Anonymous said...

à porta da escola, eu fui abordado,
por parasitas, fora da lei,
deram-me um cigarro mal confeccionado,
e deste aí, nunca mais me libertei.

vivia sozinho, num mundo fechado,
consumia passa sem parar,
mal sabia eu que estava enganado,
até ao dia em que me parei de passar.

fumo aqui, fumo ali, fumo lá,
deita fora a passa, ó pá.
fumo aqui, fumo ali, fumo lá,
deita fora a passa, ó pá.

João Lisboa said...

Fortíssimo candidato ao pfp.