Suzanne Vega - Beauty & Crime
Seis anos depois de Songs In Red And Gray, Beauty & Crime é o primeiro álbum de Suzanne Vega (vão desculpar-me, mas – fã é fã – não sou capaz de distanciamento crítico para enterrar a lâmina mais fundo...) não exactamente transcendente. É verdade que, às primeiras audições, aparenta não ser tão sedutor quanto, após um pouco mais de intimidade, acaba por se revelar. Mas – coloquemos o problema deste modo –, é francamente possível que, no conjunto da discografia da Vega que muito amamos, quase todos os álbuns incluam uma percentagem daquelas canções que fazem o planeta oscilar na sua órbita um bocadinho superior a este.
Claro que “New York Is A Woman”, “Pornographer’s Dream” (pode alguém ficar indiferente a tal gesto de oblíqua devoção perante Bettie Page?: “Who’s to know what she’ll show of herself, in what measure? If what she reveals or what she conceals is the key to our pleasure?”), “Edith Wharton’s Figurines” e “As You Are Now” (a superiormente difícil manifestação de amor maternal sem pisar o risco do embaraço: “I will take up all your tears, salty tissues through the years, spread them in the sun, to dry diamonds from each time you cry”) entram direitinhas para o cânone. Mas não há muitas mais. (2007)
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