Podem desistir logo depois dos 23 segundos, mas é obrigatório escutar o ministro da Educação a dizer "temos de recolher números reais, o mais perfeitos possíveis"
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Anonymous
said...
Houve um tempo que ia para professor quem não arranjava colocação na sua àrea profissional.
Um tempo que data de 75, quando os marxistas leninistas nacionalizaram o que havia de capitalismo português e introduziram o principio económico que caberia ao Estado a solução dos problemas do País.
Ficámos logo assim determinados a 'dar aulas', afim de ganhar a Vida.
Falo com a experiência de 12 anos de trabalho no ensino oficial, em que fui prof de Português como cooperante num País Africano e regressado a este quintal,itenerei nos mini-concursos e demais sistemas de colocação..., como prof de Educação Física nos mais variados pontos do País.
Na altura tinha de habilitações o 7º ano alínea de económicas, que tirei no Liceu D.João de Castro.
Sei de casos mais mirabolantes que o meu, em que se 'formavam' professores como cogumelos e de um dia para o outro.
Ao ponto de chegarmos à situação fantástica em 75 de termos tido como colega de turma alguém que no ano a seguir seria nosso professor...
Ou seja, ao longo dos anos e já com a normalidade reconquistada, a classe dos professores foi engordando à medida que o desemprego ia crescendo : não era uma escolha; era a única opção de fugir ao desemprego, numa actividade que até era pouco trabalhosa e com vários meses de férias (numa ano, em Porto de Mós, cheguei a iniciar as férias em Julho e a voltar a trabalhar em Novembro; os outros,'os efectivos' regressariam em Outubro...)
Chegados aqui teremos que destacar um politico português a quem os professores portugueses 'devem muito' e que deverá ter um busto em sua memória num qualquer sindicato de professores deste País. Refiro-me a António Gueterres, que antes de dar deixar o lugar de 1º Ministro aumentou consideravelmente os salários dos professores que passaram a partir desse momento a serem uns preveligiados do ponto de vista económico e a 'ganhar como doutores'.
É claro que os marxistas leninistas dos sindicatos dos professores ganharam com esta arregimentação forçada ao longo dos anos e agora dispõem dum exército nas escolas.
E a questão, quando comparamos dados estatisticos internacionais com os dados do nosso quintal, aparece de imediato : temos mais professores por metro quadrado no nosso quintal, que os outros nas quintas deles...
E, não esquecer, que grande parte dos professores é 'made in iscte' ou 'made in lusófona' ou made in outro institutqualquer...daqueles que mestrados e doutoramentos fazem-se com uma cábula atrás das costas...
Claro que os profes estão cheios de razão, a culpa é dos corruptos e dos que aldrabaram o sistema, a culpa é sempre dos outros...e agarrados a este grande argumento escondem a sua própria fragilidade...
O Guterres (via seus ME), juntamente com o anterior Roberto Carneiro, nenhum deles particularmente m-l, foram as duas figuras que, decisivamente, desenharam o desastre educativo posterior.
Depois, vieram fraudes complementares como as Novas Oportunidades.
Tudo o que o Crato escreveu antes de ser ministro estava a 90% correcto. Pouco ou nada do que o Crato concretizou, enquanto ministro, merece ser aplaudido.
Com muito menos sturm und drang, o David Justino introduziu modificações que valeram a pena.
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Houve um tempo que ia para professor quem não arranjava colocação na sua àrea profissional.
Um tempo que data de 75, quando os marxistas leninistas nacionalizaram o que havia de capitalismo português e introduziram o principio económico que caberia ao Estado a solução dos problemas do País.
Ficámos logo assim determinados a 'dar aulas', afim de ganhar a Vida.
Falo com a experiência de 12 anos de trabalho no ensino oficial, em que fui prof de Português como cooperante num País Africano e regressado a este quintal,itenerei nos mini-concursos e demais sistemas de colocação..., como prof de Educação Física nos mais variados pontos do País.
Na altura tinha de habilitações o 7º ano alínea de económicas, que tirei no Liceu D.João de Castro.
Sei de casos mais mirabolantes que o meu, em que se 'formavam' professores como cogumelos e de um dia para o outro.
Ao ponto de chegarmos à situação fantástica em 75 de termos tido como colega de turma alguém que no ano a seguir seria nosso professor...
Ou seja, ao longo dos anos e já com a normalidade reconquistada, a classe dos professores foi engordando à medida que o desemprego ia crescendo : não era uma escolha; era a única opção de fugir ao desemprego, numa actividade que até era pouco trabalhosa e com vários meses de férias (numa ano, em Porto de Mós, cheguei a iniciar as férias em Julho e a voltar a trabalhar em Novembro; os outros,'os efectivos' regressariam em Outubro...)
Chegados aqui teremos que destacar um politico português a quem os professores portugueses 'devem muito' e que deverá ter um busto em sua memória num qualquer sindicato de professores deste País. Refiro-me a António Gueterres, que antes de dar deixar o lugar de 1º Ministro aumentou consideravelmente os salários dos professores que passaram a partir desse momento a serem uns preveligiados do ponto de vista económico e a 'ganhar como doutores'.
É claro que os marxistas leninistas dos sindicatos dos professores ganharam com esta arregimentação forçada ao longo dos anos e agora dispõem dum exército nas escolas.
E a questão, quando comparamos dados estatisticos internacionais com os dados do nosso quintal, aparece de imediato : temos mais professores por metro quadrado no nosso quintal, que os outros nas quintas deles...
E, não esquecer, que grande parte dos professores é 'made in iscte' ou 'made in lusófona' ou made in outro institutqualquer...daqueles que mestrados e doutoramentos fazem-se com uma cábula atrás das costas...
Claro que os profes estão cheios de razão, a culpa é dos corruptos e dos que aldrabaram o sistema, a culpa é sempre dos outros...e agarrados a este grande argumento escondem a sua própria fragilidade...
Bobby Dick
O Guterres (via seus ME), juntamente com o anterior Roberto Carneiro, nenhum deles particularmente m-l, foram as duas figuras que, decisivamente, desenharam o desastre educativo posterior.
Depois, vieram fraudes complementares como as Novas Oportunidades.
Tudo o que o Crato escreveu antes de ser ministro estava a 90% correcto. Pouco ou nada do que o Crato concretizou, enquanto ministro, merece ser aplaudido.
Com muito menos sturm und drang, o David Justino introduziu modificações que valeram a pena.
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