26 April 2013

Estou bastante mais de acordo com a justificação do Pacheco Pereira para recusar a dádiva hippie do Tó Costa, ontem, na "Quadratura do Círculo": na altura, não era pacifista e sempre lhe pareceu muito mal o cravo enfiado no cano da G3 que deve estar bem desimpedido e pronto para disparar

7 comments:

alexandra g. said...

Durante uma década (aprox.) trabalhei com (não "para", jamais) investigadores de Ciência. Parte desse tempo, remunerado, foi por mim utilizado para acreditar que tinha um curso para concluir numa faculdade de Letras. O interessante desta experiência foi ter concluído o que sabia desde a infância: homens fazendo favores a homens, por toda a parte. E, ainda que investindo seriamente nas coisas (ah, a comunidade!), alguns (poucos, poucas) fossem acreditando, a maioria não olhou nunca a meios, cilindrando quem quer que se pudesse atravessar - com a comunidade - pelo caminho.

Chame-lhe espingarda, chame-lhe cravo, chame-lhe conhecimento, chame-lhe, com toda a liberdade possível, o que bem entender, mas isto não passa daquilo: homens tentando agradar a homens. As mulheres são coisa temporária, como o trabalho útil e a beleza. Por exemplo.

João Lisboa said...

Francamente, não percebi a relação entre uma coisa e outra.

alexandra g. said...

A relação entre uma coisa e outra é sempre maior do que o enunciado (exemplos: o seu post, o meu comentário).

Não é à toa que as mulheres se desinteressaram (quando?) pelas questões ditas políticas, quando a política (colocar maiúscula onde entender) são estas questões mediáticas de fazer brilhar currículos e lutas de meninos que, muito provavelmente, até andarão de bandeirinha pelas quotas, essa magna questão do caralho.

(se pensava que o mandava para o Google...wrong :)

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Há homens demais por todo o lado público, vire-se uma mulher para onde se queira virar; nem de propósito, estive para fazer um piqueno post sobre o assunto, vai para uma semanita, mas achei que era tão óbvio que não valia a pena.


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Grave, isto é grave, muito grave, camerado :)

João Lisboa said...

"Não é à toa que as mulheres se desinteressaram (quando?) pelas questões ditas políticas"

Independentemente da questão de género, o pior é o facto de muita gente dos dois géneros se ter desinteressado da coisa política por ter absoluta consciência de que o lugar onde ela é cozinhada - os partidos, o resto é cenário descartável - é insalubre e, esmagadoramente, atrai gente com quem não fica bem ser visto em público.

De uma forma, se calhar, perversa, o facto de aí haver tão poucas mulheres só diz bem delas.

alexandra g. said...

Je vous aime (nada que não soubesse já :)

Ana Cristina Leonardo said...

Dediquei-te um post. Sem cravos.

Táxi Pluvioso said...

Pacheco andava armado mas sem dinheiro para balas.