27 December 2012

UMA ESPÉCIE DE "DÉTOURNEMENT" SITUACIONISTA (VII)

"Chamar-me burlão tem sido fácil! Mas nunca, até agora, os vi chamar burlões aos 50 maiores devedores do BPN que, esses sim, burlaram o Estado português, num montante equivalente a 1% do PIB; nem aos que transferem capitais, limpos e sujos, para paraísos fiscais, delapidando os interesses do Estado, fugindo ao pagamento dos impostos e que paulatinamente, e no silêncio cúmplice da mesma comunicação social, aproveitam as janelas de oportunidade concedidas periódica e discriminatoriamente, pelos diversos governos que lhes perdoam o crime fiscal em troca do pagamento de uma taxa de 7,5%, ou seja, um terço da dos cidadãos sérios que aplicam as suas poupanças em Portugal e pagam 22,5%. A isto chama-se cumplicidade silenciosa do benefício não ao infractor mas ao criminoso"

2 comments:

Anonymous said...

Apesar de tudo, fez bem em pôr as coisas em perspectiva; é que, comparado com BPN, tudo são peanuts. E a passividade do contribuinte português perante este caso é incompreensível.
O Ministério Público, PJ, o Banco de Portugal, o Ministério da Justiça, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (nomeadamente por causa das contas no exterior), entre outros, deviam canalizar parte importante dos seus recursos para explicar esta enormidade do BPN, julgar os responsáveis e os beneficiários, e tentar recuperar o máximo de crédito mal-parado. Nuno Gonçalves

João Lisboa said...

"comparado com BPN, tudo são peanuts"

Exacto.