É MUITO TRISTE SER PAROLO (PARTE VI)
"(...) De gala como se estivesse na sua sala, passeia, gesticula. Diz que
“estes últimos 11 anos” de vida em que tem cantado “Portugal, o fado”
lhe fizeram sentir “que a música é universal”. Anuncia que vai “mostrar
porquê”. E canta o fado anterior todo em “brasileiro”: “Aqui adôrrrmici
pêsádámêntchi…” A galeria onde a repórter está sentada treme com a
reacção: “BRAVO!”
Segue-se uma guitarrada (destaque para José Manuel Neto na guitarra portuguesa) e Mariza convida toda a gente a cantar o fado seguinte, “Rosa Branca”. Será o mais longo momento-Xuxa da noite, com a diva a instruir o teatro por camadas, desde a galeria à plateia, franzindo a testa a uns e encorajando outros. “Como estão os meus amigos do terceiro andar?” Levanta a cabeça cá para cima. “Façam um pouquinho de barulho para a gente ouvir cá em baixo!” A galeria obedece. “E os do segundo andar?…” “E os do primeiro andar?…” “E os do rés-do-chão?…” É quase o teatro dos amiguinhos da Xuxa. Mariza fala de uma prima nordestina, imita-lhe o sotaque. “Por isso eu acho que Portugal e Brasil não têm distância. Isso não existe. Vamos cantar todos juntos.” E abana o traseiro justo de cetim, pede palmas. “DIVA!”, grita a galeria. A repórter começa a receber sms de amigos brasileiros na plateia a pedir socorro (...) Despede-se outra vez: “Despeço-me mais uma vez agradecendo ao nosso grande banco português Caixa Geral de Depósitos.”". (Alexandra Lucas Coelho, aqui; o texto integral é de leitura obrigatória)
6 comments:
Vou deixar de vir ao Provas de Contacto. É demasiado deprimente.
(joke!)
:-)
Ó gente da minha teeeeeerrrraaaa!...
Eu também não dispenso o meu fadinho diário, é condição de lusa camané forma de vida.
Sois uns parolos, só vos digo
Oh pá, eu adorei quando ela escreve "E ainda comete um último fado..." <3
:-)
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