29 February 2012

APERFEIÇOAR, APERFEIÇOAR MAIS, APERFEIÇOAR MUITO, APERFEIÇOAR IMENSO, ATÉ À EXTINÇÃO, SFF


(2012)

2 comments:

Táxi Pluvioso said...

Nesta grande polémica do Acordo, os lusos gostam muito de polémica, aplique-se a lei do menor esforço. Porque NUNCA haverá consenso, porque há lusos mais sábios que outro. E por mais sábio que seja, há outro luso ainda mais sábio. Tudo o que seja poupar-me as teclas é bom (até por que já estão a ficar gastas e não se veem as letras). Letras que não se leem, acentos que estorvam, tudo para o lixo. Por outro lado, nunca ouvi nenhuma boa razão, ou até uma razão inteligente, do partido do contra. O que diz a moura encantada do centro cultural de Belém é simplesmente asqueroso. Ele é bom político, mas mau poeta.
E há uma razão ainda mais primária para aceitar o acordo. Não consigo perceber que perfeição, na grafia, atingiram os lusos de hoje, que nem D. Sancho I, nem D. Dinis, nem Gil Vicente, nem Camões, nem frei Agostinho da Cruz, nem Sá de Miranda, nem Garrett, nem Herculano, nem sequer Fernando Pessoa, atingiram (o Pessoa, quando tinha sêde bebia bagaço e ia à séde jogar quino, os lusos de hoje vão à sede e bebem quando têm sede. E nem vale a pena falar da grafia dos outros anteriores). O que é que torna os lusos de hoje tão perfeitos que atingiram a grafia perfeita que não se pode mudar? É algo que está para além da minha compreensão.

João Lisboa said...

Por acaso, o Pedro Lomba, hoje, no "Público", conta uma história que explica muito bem a razão por que o aborto ortográfico não resolve coisa nenhuma. Se a descobrir online, coloco-a aqui.