O PENSAMENTO FILOSÓFICO PORTUGUÊS (LVI)
A tropa
O departamento de Estudos Étnicos e Crítica
Pós-Colonial no intervalo para o café
Pós-Colonial no intervalo para o café
Já nos havíamos dado conta da vocação para a crítica de arte da bófia. É, por isso, menos surpreendente tomarmos conhecimento da existência de uma vibrante e convicta corrente de pensamento e crítica literária no interior da tropa:
"Um grupo de oficiais na reforma - entre os quais se conta o ex-chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Morais da Silva - quer processar António Lobo Antunes por difamação e injúrias. Considerando-se insultados e ofendidos pelo 'chorrilho de infames mentiras' que o escritor usa sobre a guerra colonial, os militares - que cumpriram comissões de serviço em África - admitem mesmo dar 'um par de murros em público' ou 'ir ao focinho' do escritor que apelidam de 'bandalho' e de 'atrasado mental'". (no "Expresso" de hoje)
(2010)
3 comments:
Ai, os militares, esses intocáveis anjos metálicos dos interesses da Pátria deles.
Já agora «...admitem mesmo dar 'um par de murros em público' ou 'ir ao focinho' do escritor...» uma afirmação pública - poupo-me chamar-lhe ameaça do reumático - não é passível de processo, pelo menos «disciplinar?
"O gabinete do chefe do EME [perante o pedido de processo-crime contra ALA] declinou a possibilidade de avançar para os tribunais, alegando estar-se perante uma 'obra de ficção'".
Mas o que desencadeou a actividade dos críticos literários foi uma entrevista do ALA ao João Céu e Silva...
(à suivre)
Bandalho é dos meus insultos preferidos. Pelo menos ultimamente.
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