22 May 2010

COM JEITO, DEVAGARINHO, A COISA AINDA VAI LÁ


(Versão monárquica) Hino: "Jupiter, the Bringer of Jollity" (Gustav Holst - The Planets)

Estudo revela aumento de portugueses e espanhóis partidários de união ibérica


(Versão republicana) Hino: "Bjorneborgarnas Marsch" (Carl Axel Bergstrom)

(2010)

29 comments:

Anonymous said...

União Ibérica, era bom era... Isto vai é terminar na integração.

João Lisboa said...

Integração sob forma de federação, por exemplo.

Anonymous said...

A União Europeia já está fazendo água.
Essas ideias aparecem sempre quando há crise. Ninguém quer se juntar quando está crescendo.

João Lisboa said...

"Ninguém quer se juntar quando está crescendo"

Vamos ver... (mas o hino versão-Holst até era bem catita).

RL said...

Yo por supuesto claro qué si, concuerdo, para hablar como los altos dignitaritos de nuestro país.
Lo problemita son las toradas, pero los toros si están tratiando de terminar con ellas:

http://www.elpais.com/videos/cultura/escalofriante/cornada/Julio/Aparicio/elpepucul/20100521elpepucul_5/Ves/

Mira que - péro sin saber - ya optaran por nuestra lusa designación para decir qué llevó uña cornada en las ventas (sin vírgula), en Las Ventas (con vírgula).
Qué venga entonces la unióncita al sonido de Holst ó de otro, de braço dado con los toros.

Anonymous said...

Um pouquinho melancólico.Uma impressão de já fomos grandes, mas ficamos pequeninos.
Que tal uma mistura do The National com Schoenberg?

João Lisboa said...

"Uma impressão de já fomos grandes, mas ficamos pequeninos"

Já fomos?... quando?

"Que tal uma mistura do The National com Schoenberg?"

Hmmm... não me parece: colisão demasiado frontal de vocabulários. Aliás, The National poderia, logo à partida, levantar suspeitas de nacionalismos recalcados. O que, como começo, não seria grande ideia.

Táxi Pluvioso said...

Já não há tempo. Ninguém quer um país na bancarrota snif! snif!

Anonymous said...

O Jornal Nacional da Globo, através de se correspondente no Rock in Rio cunhou a definição do povo português, que poderia ser ostentada na nova bandeira: Um povo manso e colorido.
Já na parte musical, ele se saiu com esta pérola: o encontro do Fado moderno (Mariza) com o o Axé (Ivete).
Daria um bom hino.

João Lisboa said...

"Um povo manso e colorido"

É preciso ter um extraordinário cuidado no uso da palavra "manso". Há pessoas que reagem muito mal:

http://lishbuna.blogspot.com/2010/04/dos-peculiares-efeitos-da-palavra-manso.html

"o encontro do Fado moderno (Mariza) com o o Axé (Ivete). Daria um bom hino"

Pois daria. Caso o que a Mariza canta fosse fado. E moderno.

Unknown said...

Já ouviram falar de Camoes, de Pessoa, de Afonso de Albuquerque, de D. Joao II? o grande mal é que as pessoas querem tudo feito sem trabalhar e quando não o têm dizem mal de tudo e de todos (nomeadamente do país!) Por favor tenha coragem de publicar esta minha opiniao e não a censure

Unknown said...

Já ouviram falar de Camoes, de Pessoa, de Afonso de Albuquerque, de D. Joao II? o grande mal é que as pessoas querem tudo feito sem trabalhar e quando não o têm dizem mal de tudo e de todos (nomeadamente do país!) Por favor tenha coragem de publicar esta minha opiniao e não a censure

Unknown said...

Verdadeira amizade e entendimento com Espanha é fundamental! Podemos ajudar-nos em muitas coisas! Mas uma união reduzia-nos em pouco tempo a uma província! Temos de nos promover e promover o que nos faz grandes: o espaço Lusófono e a Europa! Há tanta cultura e história comum com Timor, Macau, Angola, Moçambique, ... Esses países irmãos, ainda com muitas pessoas que torcem pelo Benfica, pelo Porto, pelo Sporting ...

João Lisboa said...

"Por favor tenha coragem de publicar esta minha opiniao e não a censure"

Como pode ver - vá lá perceber-se porquê -, enviou-a duas vezes e cá estão as duas.

"uma união reduzia-nos em pouco tempo a uma província!"

Isso é o que já acontece agora. Ao menos, que não tenhamos só as desvantagens mas também algumas vantagens.

"com muitas pessoas que torcem pelo Benfica, pelo Porto, pelo Sporting"

Vai desculpar-me mas não podia estar-me mais nas tintas para o Benfica, o Porto e o Sporting.

Unknown said...

de facto deve ser muito interessante poder assistir a umas touradas de morte e ter à porta uns terroristas da ETA. Sabe quantos milhões de espanhóis morreram na guerra civil espanhola? Sem ofensa, pois gosto bastante dos nossos irmãos espanhóis, como povo são imperialistas e centralistas!! Sabe o que aconteceu a Olivença? genocidio cultural? Não é assim que quero ver o meu país!

João Lisboa said...

"deve ser muito interessante poder assistir a umas touradas de morte e ter à porta uns terroristas da ETA"

Não sei se tem noção de que o território do Estado português não se iria deslocar geograficamente: iria ficar exactamente no sítio onde, agora, está, precisamente à mesma distância dos touros de morte (que cá também existem ao abrigo da "excepção cultural") e dos terroristas da ETA (que por aqui, descontraidamente, se passeiam).

"Sabe quantos milhões de espanhóis morreram na guerra civil espanhola?"

Sim, e?...

"Sabe o que aconteceu a Olivença? genocidio cultural?"

Quer-me parecer que os habitantes de Olivença não são propriamente dessa opinião. E os de Valença do Minho também não.

RL said...

Isto, já com uns aninhos - mas sempre actual, como é próprio dos grandes autores -, poderá ser uma contribuição para desfazer uns equívocos sobre o nosso país... (que, como todos, tem imensas virtudes - o próprio Jorge de Sena é um exemplo - mas não menos defeitos).

João Lisboa said...

"mas sempre actual"

Portugal - seja lá isso o que for - é bem capaz de ser um bom exemplo de zen: um eterno presente, sempre passado, raramente futuro. E, apesar disso, até se gosta do sacana.

Unknown said...

Portugal, é a aldeia onde nasci, cresci e vivi. Portugal são os meus amigos, com quem brinquei! Portugal é a minha familia que sempre me amou e ensinou a amar! Portugal é o silêncio das montanhas, o sussurar do rio, o barulho do mar. Portugal é onde está um português que ame Portugal, e eu amo! Nunca irei permitir que nada aconteça ao meu país, muito menos que se transforme numa provincia de Espanha!

RL said...

Caro João (só) (e o JL perdoar-me-á por meter o bedelho...):
A Europa (e eu sou totalmente europeista, no sentido da maior união possível entre os países) tem, toda ela, uma história aberrante de guerras e rivalidades absurdas por fronteiras estabelecidas de forma bastante arbitrária (leia-se "à força"). Veja os mapas do século XX... Ou seja, de trás, destas fronteiras, só vêm maus exemplos... E porque Diabo há-de a História ter parado hoje? Por que razão não hão-de os manuais de história do séc. XXII dizer que "Após séculos de sucessivos conflitos e destruição, no século passado vários países da Europa tornaram-se estados federados, com Espanha e Portugal a desencadear o processo". (ahah, esta parte final é piada. E se calhar a parte inicial também.)
É tempo de trabalhar para refazer as fronteiras (ou, melhor dito, desfazer) de forma pacífica, pois está mais ou menos provado que esta fórmula não é lá muito boa.
Quanto a Portugal... claro, quase todos somos um pouco lamechas, no fundo, no que respeita ao país (mas, desculpar-me-á, não me apanha a dizer que "amo" o país, nem este nem outro) porém... com meia-dúzia de excepções (sim, exagero, por excesso)... diga lá, francamente, que feitos notáveis para a História, para as artes, para as ciências, para a medicina, para a tecnologia, para... produziu o país de que tanto se orgulha (atenção: não valem as ditas excepções)? (E, já agora, montanhas e rios tem-nos a Espanha em fartura e qualidade... Só pelos Pirinéus e Astúrias eu dizia que sim a uma união. Quanto à "família e amigos", quase apetece lembrar o famigerado "(...) the russians love their children too" - Justos Céus, citei o Sting, isto vai mal).

Unknown said...

Eu também defendo a Europa e a união com a Europa. Acho que a ideia de federação europeia é uma ideia bonita, abrangente, que me atrai e que envolve solidariedade e verdadeira amizade entre os muitos povos europeus! Acho que em contraposição, a federação com Espanha é muito limitativa e claustrofóbica! É mais uma vez o nosso fado limitado a esta jangada! Observe no entanto que no contexto europeu e mesmo ibero-americo defendo uma amizade especial, um relacionamento espcial uma cumplicidade entre Portugal e Espanha. Só não quero limitar o meu país a mais do mesmo.

João Lisboa said...

Home is where I lay my hat.

Unknown said...

Home is where my heart is! chapéus há muitos, um apropriado para cada ocasião...

Unknown said...

acho que entendi mal o que o João Lisboa disse. Se "casa" é onde se sente verdadeiramente descansado, o que está a dizer é que para si o seu país não é importante. Se o seu país não é importante então mais do que defender a união com o nosso vizinho porque não defende a união europeia que é um espaço muito maior e mais interessante? porquê defende uma auto-limitação? Na união europeia tem um espaço muito maior para se sentir em casa!!

João Lisboa said...

"o que está a dizer é que para si o seu país não é importante"

Na verdade, o conceito de "país" - para além do sentido vulgar, mais ou menos óbvio - é-me completamente incompreensível. Mas não duvido que, desgraçadamente, eles (os países) existem.

"mais do que defender a união com o nosso vizinho porque não defende a união europeia que é um espaço muito maior e mais interessante?"

Mas claro que defendo. Um passo de cada vez. Embora não tenha grandes ilusões que tão cedo se chegue lá. Se alguma vez se chegar.

Unknown said...

Caro João Lisboa, acha que é por se construir mais um país que os povos e as pessoas ficam mais amigas umas das outras?


não deveria estar antes por exemplo a favor da libertação do povo Basco e do povo da Catalunha do jugo centralista do poder de Madrid, poder esse legitimado por esse tipo de construções que como disse "desgraçadamente existem" que neste caso dá pelo nome de Espanha?

João Lisboa said...

"acha que é por se construir mais um país que os povos e as pessoas ficam mais amigas umas das outras?"

Na verdade, não se contruía "mais um país": até se abatia um à lista para se federar numa unidade maior. E os povos não têm "amizades", têm interesses. É disso que falo.

"não deveria estar antes por exemplo a favor da libertação do povo Basco e do povo da Catalunha do jugo centralista do poder de Madrid"

Não, estou contra. Contra essas "libertações" e, já agora, genericamente, todas as outras "libertações". Que, se quiser saber e dar mais uns saltos de fúria, também incluiram a "libertação" de Timor.

Unknown said...

acho que o que propõe não faz sentido.

Neste momento caminhamos para uma Federação (União) Europeia em que federamos Portugal com Espanha com França, Reino Unido, ...

O que propõe é mais um nível de burocracia e politica pois a União Europeia ficaria com Hispania (com Portugal e Espanha federados lá dentro), França, Reino Unido, ... Na prática não há vantagens! Mais um chapéu a afastar as pessoas de quem decide.

Unknown said...

caro João Lisboa, não pense que é por abolir países que vai deixar de ter interesses como refere... antes pelo contrário... mesmo se fossemos uma provincia espanhola iriamos ter imenso pontos de conflito com as outras... eu até acho que seria bem pior... seria um autêntico saco de gatos... olhe para a própria Espanha e o ódio profundo que os catalães e bascos têm relativamente a alguns outros povos ibéricos... eu prefiro viver em Portugal e gostar de Espanhóis do que ser integrado em Espanha e passar a odiar espanhóis...