Jolie Holland - The Living And The Dead
Estirados sobre a cama, Jack Kerouac, Joan Vollmer (a mulher de William Burroughs que este, acidentalmente, mataria a tiro) e Edie Parker (companheira de Kerouac) conversam: "What's that black smoke rising, Jack? Is the world on fire? What's that distant singing? Is it a heavenly choir of the living and the dead?". É o cenário de “Mexico City”, o painel de abertura de The Living And The Dead, o último álbum de Jolie Holland.
Mas que, ao contrário dos tomos anteriores, se afasta da reconstituição das atmosferas a preto e branco da velha América cinematográfica de “speakeasy”, preferindo-lhe as tonalidades “country/folk” que M Ward e Marc Ribot transportam na paleta. Poder-se-ia dizer que ela entra melhor numa personagem do que na outra mas a verdade e que, a Jolie Holland, ambas assentam bem. O “comic relief” final, “Enjoy Yourself”, de Guy Lombardo, é uma queda de pano contrastantemente adequada.
(2008)
1 comment:
O que tenho ouvido é bom, mas o "Springtime Can Kill You» (pelo menos este)parece-me bem melhor.
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