1) AS "NOVAS OPORTUNIDADES" FORAM UMA DAS (MUITAS) DESONESTÍSSIMAS FRAUDES DO ESTUDANTE DE SCIENCES-PÔ; 2) 2400 DESEMPREGADOS É SEMPRE UMA MÁ NOTÍCIA; 3) MAS, SE ESSES 2400 DESEMPREGADOS SÃO DAS "PESSOAS QUE TECNICAMENTE ESTÃO MELHOR PREPARADAS PARA A APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA", ENQUANTO DESEMPREGADOS ATÉ SÃO DAQUELES QUE MELHORES... OPORTUNIDADES TERÃO, NÃO É VERDADE?
Fecho dos Centros Novas Oportunidades ameaça emprego de mais de dois mil técnicos: "'Estas pessoas são as que tecnicamente estão melhor preparadas para a aprendizagem ao longo da vida e agora vão para o desemprego', alerta o presidente da ANPEFA, Sérgio Rodrigues".
(2012)
8 comments:
Nem mais!
para além da ressalva da alínea 2, não sei se percebi a "questão" que deixas na 3
independentemente da opinião que se tenha sobre as NO, são pessoas no desemprego, sim
muitas
e pela mão do Estado
como se fora uma empresa que se veio fixar a Portugal por tempo indeterminado (aka limitado), cria necessidades e esses etc's que sabemos/temos e, num belo dia de ano novo... puf!
as NO acabam, mas não dá para ficar feliz por aí além só porque se acabou com a palhaçada, o preço está a ser elevado para muitas famílias e é o que basta para dizer: não está tudo bem porque não acaba (nada) bem
"são pessoas no desemprego, sim muitas e pela mão do Estado"
Sem dúvida. Com as NO, o Estado foi duplamente criminoso: por esse motivo que apontas e pela miserável fraude de alimentar a ilusão em muita gente de que um diploma-NO valia mais do que uma daquelas unidades capilares que o dr. Catroga gosta de referir.
Por outro lado, também não tenho grandes dúvidas que muitos dos "formadores"-NO estavam perfeitamente conscientes da trafulhice em que estavam envolvidos. Ok, é preciso pôr o pãozinho em cima da mesa, e tal. O que não vale é vir dizer que foi uma grande obra que foi criminosamente interrompida.
"não sei se percebi a "questão" que deixas na 3"
É mesmo o que lá está, (quase) sem ironia: se é verdade que estes 2400 desempregados são "das pessoas que tecnicamente estão melhor preparadas para a aprendizagem ao longo da vida", encontram-se numa posição infinitamente mais favorável para recuperar o emprego do que um contabilista de 50 anos ou um desgraçado de 30 com o 6º ano que foram despedidos.
... ah e claro que "não está tudo bem porque não acaba (nada) bem". Acabou mesmo muito mal. Como seria inevitável.
A única hipótese será recolocar toda essa gente em cursos de formação de adultos/completamento de habilitações, mas a sério. Não se entregará 1 000 000 de "diplomas" por ano mas os que se entregarem valerão alguma coisa.
"O que não vale é vir dizer que foi uma grande obra que foi criminosamente interrompida."
claro que não
não deixa de me incomodar que se dê tamanha importância ao facto de se ter acabado com a trafulhice das NO mas que não haja mais (equivalente) barulho por este "despedimento colectivo" por parte do Estado
porque é o Estado a fazê-lo, porque é mais uma coisa (famílias) que o Estado leva por arrasto numa decisão apressada de sem preparação/alternativas à vista
independentemente de quem sejam ou da boa fé desses profissionais que estavam envolvidos, é demasiado grave e aborrece-me ver a alegria pelo fim das NO a tapar o barulho por mais uma barbaridade do Estado
apressada de sem preparação
sem "de"
"independentemente de quem sejam ou da boa fé desses profissionais que estavam envolvidos, é demasiado grave e aborrece-me ver a alegria pelo fim das NO a tapar o barulho por mais uma barbaridade do Estado"
Percebo-te. O problema é que "o Estado" - essa entidade abstracta que deivia ser muito mais concreta - muda de rosto e de objectivos de cada vez que o governo também muda.
E o fim das NO não é "alegria" nenhuma. Alegria seria não ter existido a cáfila de meliantes que as inventou. E até dou de barato que, aqui e ali, possa ter sido diferente (melhor) da imensa generalidade. O fim das NO (que DEVEM ser substituídas por alguma coisa decente) é só alívio perante uma farsa indigente que chegou ao fim.
Se o Estado providenciasse Ensino Grátis até ao nível de Mestrado como no Norte da Europa (nem que fosse até ao 12.o ano como na Europa Central) näo haveria necessidade de NO.
Todos sabem da altíssima correlaçäo entre rendimento familiar & sucesso escolar. Logo aí deixa de haver "igualdade de oportunidades". As NO seriam sempre uma panaceia, näo um favor do Estado.
Mas há quem entendesse as NO como maneira de haver "igualdade de resultados". A panaceia tornou-se dupla, hipócrita, desonesta.
A culpa é que quem entrou nas NO?
Vale mais um diploma de NO ou o curso numa Univ privada? É que em facilidade, na 2.a é só preciso ter notas (das de €) para passar com distinçäo!
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