31 de Agosto de 1945
o resto
"War"
(sequência daqui) Se o primeiro a transformou em campeâ das línguas minoritárias, com direito a gigante street-art de homenagem em Cardiff, este que agora se inicia decorre de se ter apercebido de que "a forma como consegui escrever em inglês deve-se a reconhecer que não consigo traduzir muitas memórias. Achei muito importante explorar esta ideia. Se tivesse ficado em Gales e não tivesse vivido noutros lugares nem experienciado outras culturas, seria muito diferente, faria discos em galês. Mas saí de casa aos 16 anos. Sinto que, enquanto compositora, estou compelida a continuar a revirar tudo. Tudo é um registo diário para mim. E, ao escrever sobre tudo isto, desocultei o meu próprio caos”. Como observa no site da Heavenly Records, "Utopia evoca um momento de autodescoberta e exploração". O disco transita de temas dançantes a delicadas baladas ao piano, com a colaboração de Cate Le Bon, faz referência a William Blake, e a um poema de Edrica Huws e (não perguntem porquê...) ao autocarro n.º 73”.
ESTRADAS INVISÍVEIS
Quando, em 1998, Bruce Springsteen lançou Tracks, foi como a abertura de uma porta secreta de uma casa familiar — os quartos, de repente, pareceram maiores, mais escuros, e carregados de uma nova energia. Décadas mais tarde, Tracks II: The Lost Albums vai mais longe, oferecendo não só uma compilação de outtakes e demos, mas também a restauração completa de álbuns que Springsteen gravou e depois rejeitou ou reutilizou para outros projetos, como um vislumbre de uma realidade paralela. A influência Springsteen na música e no imaginário americanos é praticamente impossível de se exagerar. Ao longo de cinco décadas, tem sido o praticante supremo da intersecção do rock, folk, soul e de uma certa poesia vibrantemente proletária. Com Tracks II: The Lost Albums, Springsteen volta a convidar-nos a entrar na sua cave, revelando fitas carregadas de pó e e excertos de estúdio que, por um motivo ou outro, nunca foram incluídos nos seu canone. No total, 83 canções das quais, 74 inéditos, organizadas em 7 álbuns: “LA Garage Sessions ’83”, “Streets of Philadelphia Sessions”, “Faithless”, “Somewhere North of Nashville”, “Inyo”, “Twilight Hours” e “Perfect World”. Não apenas versões alternativas ou curiosidades: são peças completas, coerentes, que põem bem em evidência a fluidez e agilidade com que Springsteen se move por entre diversas identidades. (daqui; segue para aqui)
Portugal assegura presença na rota de alguns dos mais notórios bandidofachos internacionais
Será possível reunir outra colecção de inanidades mais imbecis do que estas? *
* A mana Guidinha está autorizada a conocorrer