Os "gloriosos" dias de Outubro de 1910 (II)
(ou eu queria muito ver isto em versão Blackadder - sequência daqui)
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Machado Santos
"Entretanto, em Infantaria 16, a confusão, se possível, aumentara. Três grupos civis, num total de quase 150 homens, esteravam, angustiados, que lhes abrissem a porta, sem que dentro do quartel ninguém se lembrasse deles. Por fim, Machado Santos arrombou um alçapão e resolveu o problema. Quando desembocou na parada, fardado de comissário naval, os revoltosos não o reconheceram e por pouco não o liquidaram. Só depois de devidamente identificado conseguiu fazer-se ouvir. Durante os vinte minutos que se seguiram esforçou-se em vão por convencer os insurrectos a abandonar o quartel antes que os oficiais regressassem com reforços. Os carbonários acabaram por sair, tarde e a más horas, em magote, a cantar A Portuguesa e a A Marselhesa, à mistura com vivas e com tiros. Ficaram para trás metade dos efectivos do regimento e a maior parte das armas e munições que tão necessárias viriam a ser aos grupos revolucionários civis. Mal os revoltosos desapareceram, os oficiais voltaram a aparecer". (Vasco Pulido Valente, O Poder e o Povo)
(2010)
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