07 June 2009

ALIÁS, COM MUITA GRAÇA



Au Revoir Simone - Still Night, Still Light

Não passaria pela cabeça de ninguém encostar o cano de uma arma aos adoráveis temporais de Erika, Heather e Annie e exigir-lhes que, ao terceiro álbum, operassem rupturas radicais na sua particular derivação da pop minimal dos Young Marble Giants. Até porque continuamos sem saber quão diferente seria um segundo álbum dos Giants. Mas as três sílfides * de Brooklyn não deverão levar a mal se lhes dissermos que aquilo a que – aliás, com muita graça, meninas... – chamam "dreamy electronic lo-fi keyboard pop", continuando a ser o fundo sonoro ideal para um confortável despertar burguês com "breakfast-in-bed" e vista sobre o Amstel, não perderia nada se, aqui e ali, começassem a introduzir um ou outro discreto elemento de perturbação. Os "laurieandersonismos" de "Only You Can Make You Happy" ou a espartana austeridade sonora de "Take Me As I Am", por exemplo, ficam-lhe muito bem.



* tenho consciência de que me repito; mas definições como "The term originates in Paracelsus, who describes sylphs as invisible beings of the air, his elementals of air" ou "a term for minor spirits, elementals, or faeries of the air. Fantasy authors will sometimes employ sylphs in their fiction. Sylphs could create giant artistic clouds in the skies with their airy wings" que aqui se oferecem continuam a parecer-me estranhamente pertinentes. Prometo não reincidir.

(2009)

2 comments:

quim seguro said...

http://caughtbytheriver.net/2009/05/should-i-put-it-in-my-pants/

João Lisboa said...

Clássico.