24 March 2014

Revê-lo todo é esclarecedor:

2 comments:

Anonymous said...

Em Espanha, ao contrário de Portugal, em 1976 não havia qualquer Otelo a concorrer a eleições presidenciais. Não havia uma Economia nacionalizada em dois terços do seu “ tecido produtivo”. Não havia jornalistas, em maioria, em todos os media, a propagandearem livre e abertamente a Esquerda comunista, como força libertadora dos povos oprimidos. Não havia um partido comunista com um Cunhal herdeiro dos métodos e ideologia estalinista, sempre negada. Não havia uma extrema-esquerda sempre presente em todos os media, como aliás ainda hoje acontece, com roupagens e penugens diversas.

Em Espanha, ao contrário de Portugal, não houve qualquer PREC porque os espanhóis porventura sabiam melhor que nós o que era o comunismo- tinham-no cheirado à beira da porta, durante a guerra civil.

Anonymous said...

Em Espanha, as palavras e a linguagem não mudaram assim tanto, após a morte de Franco e a transição para a democracia, em 1976.

É em vão que se poderá buscar palavras como “fascismo” ( e não havia por lá nenhuma Domingos Abrantes a sibilar “fascismo” em cada frase política debitada), “reacção”, “monopólios”, até mesmo “capitalismo”, com o sentido de abate ao efectivo.

Por cá, basta pegar em qualquer jornal saído logo nos primeiros dias após o 25 de Abril, para as ver manchadas na primeira página e que foram, no meu modesto entender, o verdadeiro motivo da Revolução portuguesa. Os espanhóis, para grande sorte deles, não tiveram a revoada de Letrias e Saramagos que por cá arribou como marabunta ideológica, logo nos primeiros dias a seguir ao 25 de Abril 74 e que tingiu a vermelho a brancura das primeiras páginas desse tempo.