DOS PECULIARES EFEITOS DA PALAVRA "MANSO" SOBRE OS VOLÁTEIS HUMORES DO MACHO LUSO
Como é, universalmente, conhecido - da Polinésia ao Mar Báltico -, o macho luso é bravo. Bravíssimo. Não se refugia em tábuas, investe de hastes bem levantadas sobre o inimigo, dá luta feroz. É, evidentemente, por isso, que todo o seu sistema hormonal entra em ebulição (particularmente, no caso dos mais machos entre os machíssimos) se alguém ousa chamar-lhe "manso". É bonito e exaltante de se ver e ouvir. Ainda não fez um ano que garbosos machos do ludopédio, numa magnífica manifestação de autonomia e liberdade da sociedade civil, se levantaram em armas contra quem ousou imaginá-los "mansos". E, glória eterna a eles, saíram vitoriosos. Agora, o exemplo vem de cima: qual miura, codicioso e destemido, o Chefe Máximo, perante a insinuação, não se negou à lide e disparou "Manso é a tua tia, pá!".
OLÉ!!!
(a concordância de género entre "manso" e "tia" não será a mais correcta mas o que conta é a intenção)
(2010)
4 comments:
O português em questão não é muito versado em questões linguísticas. Parece que fez uns cursos técnicos...
Escrevia ainda há pouco no meu cara-de-livro que não é possível que alguém se lembre de dizer: Manso é a tua tia, pá?! Parece o fim de uma discussão num claustro sobre a prioridade na fila da comunhão na missa.
"Parece o fim de uma discussão num claustro sobre a prioridade na fila da comunhão na missa"
Nesse cenário, imagino melhor qualquer frase do género "A mana ponha-se mazé no seu lugar que ninguém papa o Senhor antes de mim!"
E terrível. Só me lembro daqueles filmes deprimento-inocentes do Estado Novo e do teatro de revista. Tão sovaqueiro! Fico logo a sentir-me tão snob.
Post a Comment