28 March 2010

SQUASH



Porque o filósofo Gonçalves se socorre desse argumento com a perspicácia que o caracteriza, arrume-se já a questão: quase exactamente há três anos, o episódio-Stephin Merritt (consideravelmente diferente do que o filósofo supõe) tinha sido aqui referido enquanto ilustração da posição simétrica - logo, idênticamente obtusa - da tese gonçalvista. Quanto ao restante rosário de sapientes asserções, aplica-se o proverbial "estudasse!". Mas até tem sorte: já houve quem lhe mastigasse a papinha aqui e aqui. Por mim, desenrascava-se sozinho se quisesse.

Dito isto, é importante ter a noção que se trata de pura perda de tempo: quando o filósofo Gonçalves qualifica como "esteticamente miseráveis uns 95% (contas por baixo) da música popular produzida após 1955", compreende-se rapidamente que a ele cabe desempenhar o papel da parede numa partida de squash - a bola nunca passa para o outro lado, bate na impenetrável barreira e volta, igualzinha, para trás.

(2010)

3 comments:

Leonel Morgado said...

O mais giro é que não lhe ocorreu, por exemplo, fazer isto:
http://scholar.google.pt/scholar?hl=en&q=%22nuclear+assault%22+lyrics&btnG=Search&as_sdt=2000&as_ylo=&as_vis=0

Anonymous said...

es tao engraçadalho

João Lisboa said...

Porque será que os comentários mais trolhas são sempre anónimos?