Um refrão que não sai da cabeça (XII): "Pour punir la trahison, la haute rapine, voilà pour qui l'on a fait ce dont on connaît l'effet, c'est la guillotine!"
("CM")
31 March 2013
Edição de 31.03.13 - dedicados à Vaticano S.A. e sumo-patífice (nas várias tendências e grupos de interesse da multinacional romana): 1ª página do jornal e capa da revista "2"; páginas 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 30 (destaque fotográfico na programação de tv para A Paixão de Cristo, de Mel Gibson), 45, 47 e 48 (artigos de opinião) do jornal; páginas 12 a 21 da revista "2".
30 March 2013
"(...) Só depois Silva Carvalho teve permissão para entrar na sala do templo. Fê-lo pausadamente, respeitando o ritual que mandava o maçon caminhar de costas voltadas para Oriente, até ser retido entre duas colunas pelos expertos que tinham continuado a agarrar-lhe os braços. O candidato estava sem luvas e ainda com o avental de companheiro.
A porta da loja foi fechada e, por momentos, tudo ficou no mais profundo silêncio, quase como se a tristeza invadisse aquele espaço sagrado onde se viam numerosos mestres sentados e de chapéu negro na cabeça. De repente, ouviu-se:
- 'Companheiro, meditaste bem na audácia do teu procedimento? Tens as mãos bem puras? A tua consciência está totalmente tranquila?'
- 'Sim, venerável mestre', respondeu o espião (...)".
(Segredos da Maçonaria Portuguesa, António José Vilela)
Há que continuar a fazer o que é preciso para preservar as grandes amizades e não permitir que episódios menores excitem as más línguas
... e eles não têm a menor dúvida que fazem ainda um melhor negócio se forem levados a sério (dog forbid)
- no "Público": orgão oficial da Vaticano S.A., ex-porta-voz da IURD (I) *
- no "Público": orgão oficial da Vaticano S.A., ex-porta-voz da IURD (I) *
29 March 2013
EU DOU UMA AJUDINHA, NUNO; DIZES ASSIM: "HÁ ASSUNTOS MUITO MAIS URGENTES PARA RESOLVER COMO, POR EXEMPLO, EVITAR QUE OS PROFES, COITADOS, VÃO PARA A MOBILIDADE ESPECIAL" - ENTRETANTO, O GOVERNO CAI (SABES DISSO, NÃO SABES?), OS PROFES LOGO SE VÊ E O RELVAS QUE SE LIXE (OU, MAIS PROVAVELMENTE, NÃO)
("Expresso")
28 March 2013
Se pudessem informar o número que calçavam e o ph da água utilizada, seria de igualmente grande utilidade
DIY
Quando, em 1981, no departamento das pequenas e médias polémicas, se desencadeou a fugaz mas intensa querela acerca dos malefícios que a programação de videoclips musicais pela MTV iria provocar na capacidade imaginativa de quem escuta música, não ocorreu a ninguém recordar como um bem mais avassalador assalto tinha acontecido, cem anos antes, com o surgimento das tecnologias de gravação e reprodução sonora: primeiro, Edison, em 1877, com o fonógrafo, e, em 1889, Emile Berliner, com o disco de vinil, punham fim a vários séculos em que uma peça musical consistia, primariamente, de uma partitura manuscrita ou impressa, cabendo a cada intérprete a missão de – segundo a sua intuição, talento e experiência – a bafejar com o sopro da vida. Deve dizer-se que, mesmo nos primórdios (como recorda David Byrne em How Music Works), a ideia do registo mecânico da música não foi unanimente acarinhada. John Philip Sousa, “the march king”, por exemplo, insurgia-se contra as máquinas “que se preparam para reduzir a expressão da música a um sistema matemático de megafones, rodas dentadas, discos, cilindros e todo o tipo de geringonças giratórias”, agredindo aquilo que, bastante mais tarde, Walter Murch definiria como a sua essência: “A música é a principal metáfora poética para o que não pode ser preservado”. Coisa idêntica, aliás, ao que se passaria na transição do cinema mudo para o sonoro, com os defensores do primeiro a clamarem contra a descaracterização da “arte do movimento dirigida pela luz” que a transformaria numa mera subsidiária do teatro.
É, por isso, algo intrigante que, o único gesto verdadeiramente radical produzido pela cultura retromaníaca dominante – a publicação, no final do ano passado, de Song Reader, de Beck – não tenha provocado mais do que um suave agitar de águas. Há quatro anos, Matt Friedberger, dos Fiery Furnaces, já havia ameaçado realizar algo semelhante com o ainda por materializar, Silent Record (“um livro de cerca de 200 páginas de canções com muito diversos tipos de notações”), mas, agora, Beck concretizou-o: 108 páginas com 20 partituras originais e artwork de Marcel Dzama, Leanne Shapton, Josh Cochran e outros. Mais do que um álbum que apenas poderemos escutar se decifrarmos a notação musical (ou alguém o fizer por nós) trata-se de uma peça conceptual, não realmente anti-tecnológica, mas contra a passividade criativa: correndo deliberadamente o risco de, como ele próprio afirma, o projecto ser encarado “como um truque ou uma condescendência estilística, destinada exclusivamente a amantes de curiosidades e revivalistas”, a intenção é a de, sem demasiadas cerimónias (“Usem os instrumentos que quiserem. Mudem os acordes. Se vos apetecer, mantenham apenas os textos”), nos recordar como “não assim há tanto tempo, uma canção era apenas uma folha de papel até que alguém a tocasse. Qualquer pessoa. Até tu”. O Portland Cello Project já o registou em álbum (Beck Hansen's Song Reader), Stephin Merritt atirou-se a "Old Shangai" armado de um "toy piano" e, em Songreader.net, já se contam alguns milhares de "uploads". Mas é ainda pouco. Deve haver muito mais.
Uma série de zombies disputa o primeiro lugar no top da tv por cabo americana com outra série de zombies
... e tem piada, tem muita piada, ver uma "investigadora do Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras do Porto" toda contente porque, numa das séries de zombies, há "qualquer coisinha de português" (X). Pois é, "les portugais sont toujours gais" (XLIV).
(e a imprensa "de referência" convertida - literalmente - em porta-voz oficial da Vaticano S.A., prossegue a campanha de marketing)
Edit: ALELUIA!!!
A estas horas, está o fulaninho a pensar: "Um dia destes, ainda hei-de descobrir quem é esse tal Dante. Ou será Dantas?"
27 March 2013
1) fraquinho, fraquinho... (agoniante e enjoativamente à defesa, autojusticativo, repetitivo, mau feitiozinho, same old)
2) é verdade que a escola não é lá grande coisa mas, de dois anos em Sciences Pô, a única coisa que ficou naquela cabecinha foi a... "narrativa"?
A múmia de Boliqueime manifestando-se numa empresa de congelados parece particularmente apropriado...
É, então, hoje o glorioso dia em que o(s) entrevistador(es) do "serviço público" de televisão relutantemente pago pelos contribuintes, obedientemente, interpretarão o guião redigido pelo ex-primeiro ministro, através do qual ele "abordará todos os temas que considera importante serem esclarecidos a propósito dos seis anos da sua governação"
VINTAGE (CXXXV)
Richard Thompson - "The Money Shuffle"
I love kittens and little babies
Can't you see that's the guy I am
Your money is so safe with me
You never met such an honest man
Glossies on my office wall
The rich and famous, I know them all
Come on and do the Money Shuffle
I've got you right there where I want you
Come on and do the Money Shuffle
Can't find your money if you want to
Stock market going through the roof now
So rich I'll never add it up now
I've got your savings here somewhere
Here at Warbrook and Jones it's all tradition
We never pimp and we don't hustle
If you'll just bend over a little
I think you'll feel my financial muscle
Spread it wide, wide as you can
To get the full benefit of my plan
Come on and do the Money Shuffle...
My God, the market's in a free fall
I'll save my arse and skip the country
Wish the hell I knew what I was doing
This year, think I'll skip Monte
One tires of the same old social scene
With all the problems in the world today
They'll notice if my bonus is obscene
Spread it wide, wide as you can
To get the full benefit of my plan
Amended last verse and chorus:
O how sublime - it's sub prime time
One man's junk's another man's triple A
If you need a little refuge for your pension fund
Lucky you, I'll send some jewels your way
Spread it wide, wide as you can
To get the full benefit of my plan
Come on and do the Money Shuffle...
I hear the sound of distant thunder
AIG and Lehmans going under
Will I get my bonus, I wonder?
Richard Thompson - "The Money Shuffle"
I love kittens and little babies
Can't you see that's the guy I am
Your money is so safe with me
You never met such an honest man
Glossies on my office wall
The rich and famous, I know them all
Come on and do the Money Shuffle
I've got you right there where I want you
Come on and do the Money Shuffle
Can't find your money if you want to
Stock market going through the roof now
So rich I'll never add it up now
I've got your savings here somewhere
Here at Warbrook and Jones it's all tradition
We never pimp and we don't hustle
If you'll just bend over a little
I think you'll feel my financial muscle
Spread it wide, wide as you can
To get the full benefit of my plan
Come on and do the Money Shuffle...
My God, the market's in a free fall
I'll save my arse and skip the country
Wish the hell I knew what I was doing
This year, think I'll skip Monte
One tires of the same old social scene
With all the problems in the world today
They'll notice if my bonus is obscene
Spread it wide, wide as you can
To get the full benefit of my plan
Amended last verse and chorus:
O how sublime - it's sub prime time
One man's junk's another man's triple A
If you need a little refuge for your pension fund
Lucky you, I'll send some jewels your way
Spread it wide, wide as you can
To get the full benefit of my plan
Come on and do the Money Shuffle...
I hear the sound of distant thunder
AIG and Lehmans going under
Will I get my bonus, I wonder?
26 March 2013
SUBINDO A ESCADA EM CARACOL (I)
"No centro do templo, coberto de panos negros e sob a luz de um candelabro, via-se um caixão. Lá dentro, um lençol branco manchado de vermelho tapava o rosto de um homem. (...) Tudo estava pronto para o início da cerimónia de subida de mais um degrau na Ordem Secreta - a elevação a mestre maçon.
Ouviram-se cinco batidas na porta do templo e o venerável mestre ordenou a três maçons que vissem quem lá vinha. A porta do templo foi entreaberta e do exterior surgiu a resposta: 'Trazemos um Companheiro que encontrámos por aqui e que parecia estar em meditação', disse o mestre experto, que estava armado com uma espada. (...) De imediato, o venerável mestre desfilou uma sequência de perguntas: 'Qual é o nome desse Companheiro?'; 'Como ousou aproximar-se deste lugar?'; 'O que é que ele procura?'
Os mestres maçons presentes identificaram logo o sujeito, que ainda estava fora do templo: 'É o Companheiro Jorge Silva Carvalho que subiu uma escada em caracol composta por três e cinco degraus, separados por um patamar'. A explicação continuou: 'Encorajado pelos testemunhos de satisfação que recebeu dos seus Mestres e como recompensa pelo seu Trabalho, ele tem a esperança de ser admitido na Câmara do Meio'". (Segredos da Maçonaria Portuguesa, António José Vilela)
a gestão da incerteza
num tempo
em que somos
confrontados
diariamentecom
a gestão
da incerteza
e
a gestão
das incógnitas
é importanteque
aqueles
que têmresponsabilidades
públicas
sejam
capazes
em cada uma das áreas
de ter
respostas concretas
para o que
é
é
concreto
e
e
respostas objectivas
para o que
é
é
específico
(in A Simplicidade da Procura do Conhecimento Permanente)
25 March 2013
QUAL SEGURO, QUAL SÓCRATES, QUAL COSTA!... OS TEMPOS ESTÃO DE FEIÇÃO É PARA FRANCISCO DE ASSIS, UM VERDADEIRO SANTO, UM HOMEM QUE JÁ SOFREU MUITO!
"Flowery words have been written about his humility, ornate prose about his simplicity. Every report on the new pope, Pope Francis, mentions his bus-catching as though the very act of sharing bum space with others is akin to turning water to wine, or parting the Red Sea. And now the vast hordes of Vatican bureaucrats are turning to taxis, shunning their luxury limousines in case the boss thinks they're being indulgent. Taxis! The horror! Pope Francis says he chose his name because of St Francis of Assisi, who sold all his goods to give to the poor, who stripped the clothes off his back, who begged for garbage to eat and made poverty holy. It's not clear yet whether Pope Francis will talk to the birds and the wolves. Or the gays (...)". (texto integral aqui via D&Q)
24 March 2013
23 March 2013
WOODY, MY MAN, O GUIÃO É ESTE; AGORA, ARRANJAS MANEIRA DE METER O PESSOA NA FLORIDA DA EUROPA, A COMER PASTÉIS DE NATA ENQUANTO A MARIZA, DO CACILHEIRO DA OUTRA, LHE UIVA O PATRIMÓNIO IMATERIAL E A COISA ESTÁ FEITA! *
"A Secretaria de Estado do Turismo quer Woody Allen em Portugal (...) mas 'qualquer apoio a existir por parte do Turismo de Portugal, terá de ser dirigido a um filme com manifesto potencial de captação de turistas e que projecte realmente o destino'" (aqui)
* nova produção conjunta "É muito triste ser parolo" (X) & "Les Portugais sont toujours gais" (XLIII)
* nova produção conjunta "É muito triste ser parolo" (X) & "Les Portugais sont toujours gais" (XLIII)
22 March 2013
POST RAPIDINHO PARA SUBLINHAR A QUALIDADE DO NOVO COMENTADOR POLÍTICO DO "SERVIÇO PÚBLICO"
(só mais uma...)
(só mais uma...)
ESPERANÇA DE VIDA
Na edição de 7 de Dezembro passado do “Financial Times”, Gillian Tett – segundo o “Daily Beast”, “a mulher mais poderosa do jornalismo actual” –, a propósito da digressão “50 & Counting” dos Rolling Stones (“já fui a muitos concertos fabulosos mas poucos tão emocionantes como este”), explicava que, independentemente das qualidades propriamente musicais da banda, o que mais a entusiasmara e a fizera “dançar (mal)”, fora o facto de ter à sua frente um grupo de homens nas sétima e oitava décadas de vida (“com uma média de idades aparentemente mais elevada do que a dos juízes do Supremo Tribunal dos EUA (...) e, tecnicamente, na idade da reforma, na América e na Europa” ), “wiggling their hips and rocking out”. Chegada, enfim, ao ponto que lhe interessava debater, interrogava-se: “se ‘pensionistas’ são capazes de dançar assim tão freneticamente em palco, não será altura para repensar todo o conceito de reforma?”
O tema é explosivo (e – vocês sabem quem são – não comecem já com ideias!) mas, para o que aqui interessa, apesar da dilatação da esperança média de vida, nunca fiando: há, pelo menos, duas figuras fundamentais da cena musical que não estão a ir para novas – Tom Waits e Richard Thompson, ambos nascidos em 1949 – e que nunca actuaram em Portugal. Todos os pretextos serão, por isso, bons para que tal possa vir a acontecer e, no que respeita a Thompson, se mais não houvesse, a recentíssima publicação de Electric deveria servir como argumento definitivamente convincente. Em entrevista ao último número da “Uncut”, Richard Thompson explicava que “por vezes, sabemos como é o fim de uma canção e temos de trabalhar daí para trás. Outras começam pelo meio e temos de descobrir se existe uma prequela ou uma sequência. Mas, muitas vezes, iniciamos uma canção e quase desejamos que ela nos surpreenda e nos conduza a lugares onde nunca estivemos”.
A verdade é que, desta vez, sem se afastar demasiado do seu posto de observação privado onde qualificar o homo como sapiens parece um evidente equívoco e "watching the dark" é a única actividade possível, Thompson terá escalado ainda outro cume do seu classicismo: aquele para onde convergem as trevas da tradição popular britânica e a guitarra eléctrica brandida como sabre de Hattori Hanzo, e o olhar sobre o mundo e as criaturas não capta senão microinfernos como Salford, que já dera origem à "Dirty Old Town", de Ewan MacColl (“Salford sunday and I'm dreaming, and it's all in black and white”), sufocações proletárias (“The money goes out, the bills come in, round and round we go again, I come close but I never win, stuck on the treadmill (...) me and the robot working away, he looks at me, as if to say ‘I'll be doing your job some day’"), ou – no 2º CD da edição "deluxe" com mais sete temas –, personagens como o arrepiante "Auldie Riggs", extripador de "whores and bitches", que, escorregando pelos cromatismos da melodia descendente de uma quase "sea shanty" orquestral, nos gela o sangue ao enunciar “I did her and the others too, I dare to do what some men only dream, how I love to hear that piercing scream”. Richard Thompson poderá viver até aos 100 mas já esperámos tempo de mais para o ver.
21 March 2013
VAMOS POR PARTES
("They're baaaack!..."- novo capítulo):
2) Não diz aqui mas vem no "DN" (edição em papel) que a "grande entrevista" que antecederá a série de programas "abordará todos os temas que o ex-primeiro ministro considera importante serem esclarecidos a propósito dos seis anos da sua governação". Por outras palavras, é ele quem redige o guião que o(s) entrevistador(es) obedientemente interpretarão no "serviço público" de televisão pago pelos contribuintes?
3) Devemos preocupar-nos com o aproveitamento escolar do serôdio estudante no (também segundo o "DN") "prestigiado Instituto de Estudos Políticos parisiense". Se já sabemos que ele tem tendência para a balda, como irá conciliar as actividades de comentador de tv, delegado de propaganda médica e discente em Sciences Pô? Não queremos que volte a passar vergonhas.
4) Sibila o p.o.v.o. nas caixas de comentários que "só pode ser jogada do Relvas". Não é impossível. Mas, como de costume, só pode acabar mal (+ the making of).
4) Sibila o p.o.v.o. nas caixas de comentários que "só pode ser jogada do Relvas". Não é impossível. Mas, como de costume, só pode acabar mal (+ the making of).
20 March 2013
Caríssimo ministro, Nuno Crato: ponha os olhos (a partir de 21'43") neste superior exemplo de excelência académica e científica (já com bastas provas anteriormente dadas na mesma área de investigação) e faça a elementar justiça de recompensar a Universidade Fernando Pessoa como ela merece!
Notar que, como apenas acontece com os grandes mestres, numa harmoniosa articulação da teoria com a prática, a "expressão facial da emoção" é exuberantemente exteriorizada pelos estudiosos que a ela, apaixonadamente, se dedicam:
+ uma modesta proposta de estudo para o Laboratório de Expressão Facial da Emoção.
DEPOIS DO TERNO ABRACINHO DE URSO DO SUPERGRASS, ATÉ É MELHOR AGRADECERES TEREM-TE POUPADO A VERGONHAS MAIORES (e há-de haver sempre um canal de TV disponível para a conversa de tasca sobre a bola)
LER TUDO, SFF
Norman Rockwell - "Freedom Of Speech"
"(...) Pode ser porque eu dou valor às palavras - uma sinistra manifestação da condição suspeita de intelectual - que me repugna, enoja, irrita, indigna, encanita, faz-me passar do sério, a sua sistemática violação pelo governo. Violação, exactamente como as outras violações. Devia haver uma lei não escrita para punir a violência feita com as palavras e pelas palavras, como há com a violência doméstica, a violência contra os mais fracos, o abuso do poder. Devia haver uma lei não escrita para punir o envenenamento das palavras pela desfaçatez lampeira, a esperteza saloia.
De novo, pela pecha de ser intelectual, - um estado miserável nos dias de hoje, 'treinador de bancada', 'comentador', 'opinador', 'achista', 'inútil', 'velho do restelo', 'negativista', ou qualquer outra variante das palavras com que hoje o poder e os seus serviçais entendem diabolizar o debate público que não lhes convém - é que me repugna, enoja, irrita, indigna, encanita, faz-me passar do sério, a sistemática tentativa de nos enganar, de nos tomar por parvos, de nos despachar com um qualquer truque verbal destinado a dizer que uma coisa é diferente do que o que é, porque convém que não se perceba o que é (...)". (aqui)
19 March 2013
MAS É POR CAUSA DE ALGUMA COISA NA ÁGUA QUE ELES BEBEM? É SÓ UMA QUESTÃO LIXADA DE MAU FEIOTIZINHO? UM "ALL YOU NEED IS LOVE" CANTADO EM CORO RESOLVIA O ASSUNTO? O XICO DA VATICANO S.A. PODIA LANÇAR UMAS "GOOD VIBES" E DAR UMA FORCINHA?... É O QUÊ?... ISSO É QUE DAVA JEITO SABER...
"It was originally going to be about prostitutes at the Vatican!" (David Bowie explica como evitou a redundância)
18 March 2013
CESSE ASINHA A BUSCA INSANA PELO SALVADOR DA PÁTRIA (QUIÇÁ, DO MUNDO) POIS QUE, COM GRANDE ASSOMBRO E MARAVILHAMENTO, ORA SE DESCOBRE QUE O MINI-DAN BROWN É, AFINAL, DESCENDENTE NÃO APENAS DE AFONSO HENRIQUES MAS TAMBÉM DE CARLOS MAGNO, DOS REIS DE ISRAEL E DE MAOMÉ! (a partir de 41'52")
17 March 2013
TAL COMO AS GENTES DE ROMA QUE, SEGUNDO A SEMPRE INEFÁVEL FÁTIMA CAMPOS FERREIRA DO PRECIOSO "SERVIÇO PÚBLICO", "REGURGITAVAM DE ALEGRIA" COM A ESCOLHA DO NOVO CEO DA VATICANO S.A., A EDIÇÃO DO "PÚBLICO" DE HOJE * NÃO "REGURGITA" MENOS E JÁ DEVERÁ TER SIDO ATÉ CUIDADOSAMENTE GUARDADA EM ROMA COMO PEÇA-CHAVE PARA A BEM ENCAMINHADA FUTURA HAGIOGRAFIA DO SUMO-PATÍFICE (a Fundação Templeton trabalha bem)
* versão condensada da totalidade da abordagem na edição impressa (capa, 5 páginas e referências avulsas várias); felizmente, foi conservado o detalhe da franciscaníssima festinha terna no cachorrinho do cego
Edit: e continua... "Que felicidade ter um Papa assim, que se despede a dizer bom almoço"
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