07 June 2010

SIM, VEJAM ISTO



(2010)

5 comments:

RL said...

A minha opinião é também... "sim". Nem adianta dizer outra coisa, já que de um paradoxo se trata.
Também me debato com isto mas, para ser franco - e não me vou alongar muito - não creio que seja muito diferente do que sempre foi... O homem primitivo já devia ter os mesmos problemas (e angústias) com a escolha da melhor árvore ou caverna - enfim, do melhor refúgio -, do melhor minério para construir as suas armas... Já escolhia, já se deslocava a sítios onde sabia existir melhor caça... Sempre foi assim, pense-se no exemplo que se quiser. A escolha tem um custo (seja ele o esforço físico, a segurança, a vida, o preço ou outro). E esse custo condiciona a nossa opção. (E se a única caverna existente num raio de 50 km for insegura?... É melhor não ter opção? Ou devo ficar contente por ter uma caverna mas que é insegura ou mal orientada ou...?)

O problema actual é, creio, o da escala. A escala com que produzimos (e, concomitantemente, destruímos!) é prodigiosa, nada tendo a ver com o que há apenas umas décadas éramos capazes. É o preço desta escala que estamos a pagar e que nos leva, de facto, à maior insatisfação pelo que comprámos ou, pior (?), pelo que não comprámos.
Só para teminar, coloco uma questão (e sem sombra de crítica, porque concordo integralmente com ele na essência e faço campanha ao lado dele por uma redução deste disparate consumista): será que Barry Schwartz "escolheu", para o seu livro, a primeira editora que lhe surgiu nas páginas amarelas, ou a que lhe daria maiores garantias de distibuição e vendas? É que há milhares e milhares de editoras... Eu espero que ele tenha escolhido a "melhor" (enfim, uma "boa", não fui ver qual era) porque terá maior possibilidade de espalhar a ideia... contrária. Assim são os paradoxos.

RL said...

Bem, reparo agora... Tive a opção de não escrever "- e não me vou alongar muito". Optei mal, como se prova, e estou, por isso, angustiado.

Ana Cristina Leonardo said...

o problema da escala... é como a teoria das catástrofes ou da gota que faz transbordar o copo ou da quantidade que muda a qualidade; ou seja, estamos a ficar paradoxalmente lelés da cuca

João Lisboa said...

"O problema actual é, creio, o da escala"

E - estou de acordo com ambos - muda, drasticamente, tudo.

Por mim, até o resolvo facilmente. Falo com três ou quatro "especialistas", selecciono duas ou três opções e... tungas. Podia ter sido melhor? Que se lixe.

RL said...

Exactamente. "Never regret!"
(E assim proporcionamo-nos sempre a opção de solicitar ao divino que fulmine o "especialista" que nos deixou ficar mal. Ficamos sempre de bem com a nossa consciência, até porque não crentes.)