IÇO É K É MEXMO PRESIZO!...
A bandeira e o hino nacional vão voltar a estar inscritos enquanto "valores" que os alunos "têm o dever de conhecer e respeitar". Esta é uma das novidades do projecto do novo Estatuto do Aluno aprovado pelo Governo na quinta-feira passada.
(podem não saber ler nem escrever e considerar que 2 + 2 é matéria de mestrado, os profs podem continuar a engolir a peçonha das "ciências" da educação nas ESEs e Piagets, mas o hino e a bandeirinha... olaré!)
(2010)
27 April 2010
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17 comments:
Acho que ainda me lembro do hino tuguês, é aquele i gooot a feeeling la la não é?
Vai hirto e firme pró meu cantinho, cum a sua devida lecensa
Proponho este aqui ...
:-)
Concordo que a bandeira e o hino nacional estejam longe de ser os "valores" mais importantes a "conhecer e respeitar" ou, como diriam os alunos dos dias de hoje "konhexer i rxpeitar", mas reduzir isto tudo a uma treta de pseudo-direita e neo-salazarismo também é conversa de treta.
O "amigo americano" não tem pejo em amar a sua bandeirinha, como se vê em todos os jardins em frente a todas as casas, nesse país. E os franceses, que ficaram muito chocados, quando ouviram o Gainsbourg a cantar o seu hino em versão reggae?
Quanto a mudarmos o hino nacional para o "Portugal Portugal"...não haveria melhor escolha? É das coisinhas mais fraquinhas que o irregular Jorge Palma compôs.
Okies, há alternativas...
:-)
Este tem um problemita menor: falta o diabo da música !!
E depois, como conheço o autor de outros carnavais cheira-me que ele 'e bem capaz de não estar pelos ajustes...
:-D
Eu sou português
aqui
em terra e fome talhado
feito de barro e carvão
rasgado pelo vento norte
amante certo da morte
no silêncio da agressão.
Eu sou português
aqui
mas nascido deste lado
do lado de cá da vida
do lado do sofrimento
da miséria repetida
do pé descalço
do vento.
Nasci
deste lado da cidade
nesta margem
no meio da tempestade
durante o reino do medo.
Sempre a apostar na viagem
quando os frutos amargavam
e o luar sabia a azedo.
Eu sou português
aqui
no teatro mentiroso
mas afinal verdadeiro
na finta fácil
no gozo
no sorriso doloroso
no gingar dum marinheiro.
Nasci
deste lado da ternura
do coração esfarrapado
eu sou filho da aventura
da anedota
do acaso
campeão do improviso,
trago as mão sujas do sangue
que empapa a terra que piso.
Eu sou português
aqui
na brilhantina em que embrulho,
do alto da minha esquina
a conversa e a borrasca
eu sou filho do sarilho
do gesto desmesurado
nos cordéis do desenrasca.
Nasci
aqui
no mês de Abril
quando esqueci toda a saudade
e comecei a inventar
em cada gesto
a liberdade.
Nasci
aqui
ao pé do mar
duma garganta magoada no cantar.
Eu sou a festa
inacabada
quase ausente
eu sou a briga
a luta antiga
renovada
ainda urgente.
Eu sou português
aqui
o português sem mestre
mas com jeito.
Eu sou português
aqui
e trago o mês de Abril
a voar
dentro do peito.
Sem lhe adicionar (nos valores) a foto do 1º ministro é mais uma medida inconsequente... no entanto, ambos (valores) são muito importantes para quando ganharmos o Mundial no Verão. Veja-se os espanhóis que querem hino para cantar e não há.
Acho uma óptima iniciativa. E colar isso a uma imagem de fascismo ou extrema direita é de um parolismo ou pedantismo de extrema-esquerda básico.
Coisas do Nacional Socialismo português.
"O "amigo americano" não tem pejo em amar a sua bandeirinha, como se vê em todos os jardins em frente a todas as casas, nesse país"
Mas com o que "o amigo americano" (ou polaco ou uruguaio) faz posso eu bem. Bandeiras e hinos e tudo o que eles representam, sejam de onde forem, fazem-me urticária. Deve ser por, ainda ontem (curiosamente, antes de ler esta notícia), ter estado a ler "As Identidades Assassinas", do Amin Maalouf.
"Colar isso a uma imagem de fascismo ou extrema direita é de um parolismo ou pedantismo de extrema-esquerda básico"
1) Não faço a menor ideia do que seja "pedantismo de extrema-esquerda". Até porque - a menos que esteja a atravessar uma crise de identidade - suponho que não "sou de" extrema-esquerda (seja lá isso o que for).
2) Por estranho que pareça, a razão principal por que escolhi aquela foto foi por a achar... bonita. Exactamente, bonita. Sempre tive um fraquinho pela iconografia dos vários totalitarismos. Claro que, associada a ela, vêm os estereótipos previsíveis: Mocidade Portuguesa, bandeira, hino, Estado Novo. Eu sabia-o, evidentemente, e também foi por isso que a coloquei. E todo esse contexto, aqui, em Portugal, é necessariamente diferente do "patriotismo" americano de que falava o Lugones. Acontece que eu não sou "patriota" desta "pátria" nem de nenhuma outra. Tenho uma reacção fisiológica de corpo estranho conceptual à própria ideia de "patriotismo". Voilá.
3) O mais interessante é que, no post, a ideia essencial nem era essa (embora admita que a imagem pudesse puxar para aí... mas o texto também estava lá!): com tanta coisa um milhão de vezes mais decisiva para mudar, a primeira preocupação é... o hino e a bandeirinha?!!!...
Vestiste a carapuça, João? Quem disse que "colar a uma imagem de fascismo" era para ti?
Se não era para mim, era para quem? (e até nem me faz confusão nenhuma que se pudesse pensar isso devido à foto do puto da bufa).
Era para quem enfiasse a carapuça... Não estou a ser cínico, era mesmo assim, para o ar.
Numa chamada Eunião Europeia não faz sentido nenhum voltar ao Hinos nacionais...isto é uma regressão e roça o nacionalismo levando a outros sentimentos colectivos de patriortismo nem sempre positivos... Também a mim os hinos, as fardas e as bandeiras fazem urticária. O amigo "Americano" não é um bom exemplo, não tem pejo, mas também não têm mais do que isso...noto em Sr. Lugones um orgulho Patriotrico ferido? é ridiculo, os alunos deverão sim conhecer o hino numa aula de história, não mais do que isso...
Sai mais baratucho que, sei lá, ensinar-lhes português, matemática, físico-químicas, desenho, filosofia, alemão, etc.
E como estamos numa fase de "apertar o cinto", é dar-lhes com uma antiguidade devidamente datada e depois ver se se consegue evitar que vão todos p'ra Inglaterra pôr bombas...
:-)
"Sai mais baratucho que, sei lá, ensinar-lhes português, matemática, físico-químicas, desenho, filosofia, alemão"
Voilá.
J.L., isto que se segue não é 'graxa', adorei o cartax com o miúdito da Bufa, parece tirado do 'Novecento', e eu sou insuspeito, no Colégio onde eu andei o que se usava era desprezar a Bufa, esses civis estúpidos lá de fora....
:-)
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