PLANO NACIONAL DE LEITURA
Uma desinteressada sugestão à nossa pequena Enid Blyton-amestrada de Boston, no mesmo dia em que publica nova e memorável obra: um Plano Nacional de Leitura especificamente dirigido aos seus coleguinhas de Governo, sff. Pode começar, por exemplo, pelo camarada Vieira da Silva: qualquer coisinha que, encontrando-se ele na Tunísia, o impeça de, cheio de graça, fazer declarações do género de "Há tempo para tudo na terra, não podemos colher sem semear; deve ser desta região que me está a inspirar estas frases mais bíblicas". É que o pobre, provavelmente, não só supõe que está de visita a um país árabe como - camelos, deserto, souks... - se imagina em "terras bíblicas". Veja lá o que pode fazer que isto, se não se tem mão nesta gente, ainda pode resultar em conflito diplomático.
Já com Ricardo-cada-tiro-cada-melro-Rodrigues, é preciso ir lá mais atrás: uma bibliografia tipo-Novas Oportunidades para o 1º ciclo, escrita e leitura básicas, iniciação à consulta de dicionários e tal. É que dói ouvir a criatura dizer "Chamar um primeiro-ministro a uma comissão de inquérito mais não é do que querer fazer chincana política". Não deve ser fácil mas também não há-de ser impossível meter-lhe na cabeça a diferença entre "gincana" e "chicana".
Agradecido.
(2010)
3 comments:
Frases bíblicas ou não, estou pensando no que vai dar o incremento comercial com a Tunísia.
Me lembro, em Lisboa, da menina que me ofereceu um chá e resolveu estrear os copinhos decorados e banhados em "ouro" adquiridos num mercado da Tunísia, com a ajuda de um "espetacular" amigo local.
Na lavagem o dourado começou a desfazer.
No fundo a grande informação: Made in China.
Lágrimas e chá.
"estou pensando no que vai dar o incremento comercial com a Tunísia"
Num novo estilo de atender o cliente à porta da loja, sugerindo-lhe que entre "seulement pour le plaisir des yeux". :)
"Made in China"
O Ocidente é vermelho.
O Ocidente não é vermelho.
É amarelo.
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