18 January 2010

ERA EVIDENTE QUE AS "NOVAS OPORTUNIDADES"
HAVERIAM DE CHEGAR AO ENSINO SUPERIOR

(mas as gentes do "pai Addams" adiantaram-se
ao senhor engenheiro da Independente)




Los alumnos de la Universidad de Sevilla tienen reconocido el 'derecho' a copiar en los exámenes & Las faltas de asistencia a las clases teóricas no podrán puntuar negativamente en la ponderación de la calificación final

(2010)

4 comments:

RL said...

Ora, ora, já pouco me espanta. E isto é matéria para longas conversas. Mas cinjo-me a um tema.
De há uns anos para cá que, em algum ensino superior, são distribuídos inquéritos aos alunos, no final dos semestres, onde "avaliam" os docentes sem que, simultaneamente, haja um inquérito aos docentes sobre as suas turmas. Assim, só para citar um exemplo recorrente ano após ano, mesmo os alunos que vão a apenas algumas aulas (ou que não vão, melhor dizendo, aparecendo apenas a uma ou a outra), sem qualquer problema preenchem os campos "Assiduidade" e "Pontualidade" do docente. Ao docente não é perguntado nada, em particular se os seus alunos costumam faltar muito ou pouco ou se estão atentos ou... Ainda seria razoável que, confrontados os inquéritos aos alunos e aos docentes, se chegasse a alguma conclusão também razoável, até porque também há docentes para todos os gostos e qualidades (mesmo assim, o resultado seria discutível, pelo menos na forma actual dos inquéritos). Como actualmente se faz, sem confronto, ao docente vale-lhe a simpatia e a qualidade (ou não) dos alunos que lhe calharam (e quando o inquérito é preenchido APÓS um exame menos bem sucedido pelos alunos... oh oh!...).
Para quem há uns anos gostava de dar aulas... Repensa-se...

João Lisboa said...

Continuo a gostar (muito) de dar aulas. Em diversos níveis e a diversos alunos. Mas parece, de facto, existir uma conspiração (sem "teoria da") para que esse enorme prazer se transforme numa amaldiçoada obrigação desgraçadamente burocrática em que o que importa são as "estatísticas" (as aspas vão aí porque, sabe-se lá porquê, ainda imagino que a estatística pode ter alguma decência) para o "show-off" externo.

RL said...

"Continuo a gostar (muito) de dar aulas. Em diversos níveis e a diversos alunos."

Eu também, entenda-se, e se há vítimas neste processo são e serão os alunos (extrapole-se para o futuro do(s) país(es), se se quiser, e não é muito animador)... Do lado de cá vai-se tentando dar o melhor. O que se vem sentindo é uma falta de bases e, talvez pior do que isso, um maior interesse dos alunos em querer "fazer" (as cadeiras) do que em "aprender" ou em fazer bem [sempre houve alunos assim, mas agora é um pouco exagerado...]. Não creio, também, que isto seja apenas consequência do mundo competitivo, antes da falta de hábito de exigência, fruto das "boas" estatísticas a que alude.
Tudo isto (e mais) desaponta um pouco... Mas entre mortos e feridos... (E é evidente que, não contradizendo-me, é preferível uma população mais letrada, mesmo que menos bem, do que o contrário.)

João Lisboa said...

Assino.

:)