NÃO VALIA A PENA
Monsters Of Folk - Monsters Of Folk
Esqueçamos por um instante que a história do pop/rock transformou a palavra "supergrupo" num palavrão a evitar cuidadosamente em sociedade. Façamos por não reparar que Conor Oberst (Bright Eyes), Jim James (My Morning Jacket), Matt Ward (She & Him) e Mike Mogis (Bright Eyes), ao reunirem-se para uma série de concertos em 2004, e ao publicarem, agora, o reportório comum daí resultante, optaram por se pôr a jeito, designando-se como Monsters Of Folk. Concentremo-nos, sem demasiados preconceitos, apenas em cada um deles e no que resulta do encontro dos quatro, tal como poderíamos pensar em relação aos Crosby, Stills, Nash & Young ou aos Traveling Wilburys. Que resulta, então, daí? Pois... não há outra forma de o dizer: apenas uma versão assaz requentada dos CSN&Y e dos Wilburys, metastizada pelos territórios dos Beatles, dos Byrds, de Woody Guthrie, dos Monkees e, sim – na faixa de abertura, "Dear God" –, até pelo falsetto charoposo, versão-Bee Gees. Com derivações pontuais para os tiques mais estereotipada e imediatamente reconhecíveis de Neil Young, Gram Parsons e várias outras luminárias que apenas por crueldade e demasiado espaço disponível seria de enumerar. Não valia a pena terem-se incomodado.
(2009)
30 November 2009
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3 comments:
algures em 1987, no espesso, escreveu: johnny hates jazz, i hate johnny.
agora mereceria qualquer coisa do tipo: ..., that's all folks. perdoe-me a presunção.
Ou "Is that all, folks?"
bem melhor. a "minha" expressão perseguia o david da série fonseca.
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