04 October 2009

À PÁGINA 199 DE "O FILÓSOFO E O LOBO"


Sacha, 1998-2009, tudo menos um lobo

"Uma coisa que aprendi no último ano da vida de Brenin é que os lobos, e, já agora, os cães, conseguem passar no teste existencialista de Nietzsche de uma maneira que os humanos raramente conseguem. (...) O tempo dos lobos, suspeito, é um círculo e não uma linha. Cada momento da vida de um lobo é, em si, completo. E a felicidade para eles encontra-se sempre no eterno retorno do mesmo. Se o tempo é um círculo, não existe o nunca mais. E, por conseguinte, a existência de cada um não gira à volta da vida como um processo de perda. (...) Para um lobo, ou um cão, a morte é realmente o limite da vida. E por isso a morte não tem controlo sobre eles. Isto, gostaria de pensar, é o que é ser-se um lobo ou um cão" (Mark Rowlands em O Filósofo E O Lobo)

(2009)

6 comments:

Rita said...

Humm...Ela era bem existencialista. Até nos deixou legado literário! Linda :)

Anonymous said...

Oh Sacha... Eu posso confirmar que a bela e terna Sacha nunca se sujeitou à tirania da morte. Mas à da vida ela entregou-se sempre, num eterno retorno ao que a fazia feliz, dia após dia. Alguns de nós - Lucky few - fizemos parte desse seu círculo temporal.
J.C.

Táxi Pluvioso said...

Para o homem a morte também é o limite da vida, apesar de todas as barraquinhas, (religiões e filosofias), montadas à beira da estrada para vender bugigangas, relacionadas com o tema. Enganem-se, que Caronte vos espera e veremos se as almas dançam (or not).

Voltando ao Gato frio, eu não disse que o, "em boa hora" programa, era uma cópia, a papel químico, 100% (one hundred percent, como dizem os jovens), do americano Stewart. Há muitas diferenças, o Jon não tem uma folha de papel à frente, não tem uma caneta, não faz aqueles gestos com as mãos, não tira coisas debaixo da bancada, não tem comentadores, mais ou menos jocosos, em frente do greenscreen etc. É muito diferente. Por isso, é que o louvei pela originalidade, e por o venderem aos ianques, que significa divisas pró país.

O Contra Informação era, de facto, uma fotocópia, até o raio dos bonecos eram os mesmos.

Se a cópia do formato não choca, não percebo por que chocará um formato com guião (ou script como dizem os jovens). Os programas de humor são geralmente escritos, talvez o Peres, Mourão e o Cunha, não escrevam, mas o resto queima as pestanas ou a facécia (ou gag, como dizem os jovens) não tem piada.

Os luso-políticos são hilariantes só pela roupa que apresentam no programa, algo mais relaxado (o estereótipo, pensam eles), mais irreverente, mais jovem, mais cool (como dizem os jovens).

Todos os formatos já foram feitos por Adão e Eva no Paraíso. Depois da Queda, só se pode repeti-los, lá isso é verdade.

Táxi Pluvioso said...

... (cont) entreguem o programa ao Jel

e Polanski pra Guantánamo já!!!

Filipa Júlio said...

o meu lobo chamava-se Tobias. e morreu com muitos círculos bem traçados.

Lola said...

Lobos por lobos, eu lembro sempre dos meus. O Aquilino resumiu todos os lobos portugueses. Restaram alguns?
O obamismo é contagioso?