11 July 2009

COMO DIZ O OUTRO, "ESTA GENTE É UM NOJO!"


Brevemente também no ensino superior

"Os trabalhadores que frequentam o programa Novas Oportunidades não estão a conseguir os seus objectivos em termos profissionais, revela um estudo da Universidade Católica. Este estudo apurou que não estão a existir benefícios imediatos na carreira profissional para os que estão integrados neste programa, que também não está a apresentar vantagens na melhoria do local de trabalho. Os investigadores entendem mesmo que se está a verificar um alheamento por parte das pequenas e médias empresas, uma disfunção que, na opinião do coordenador deste estudo, tem de ser corrigida. Roberto Carneiro sublinhou mesmo que existe o 'grande desafio de qualificar os empresários e gestores das pequenas e médias empresas' e que 'talvez seja necessário novas oportunidades para esse escalão de pessoas'. (daqui)



Isto convém sempre ser traduzido porque nem todos dominam o idioma:

1) Através da farsa das "Novas Oportunidades", ludibria-se umas centenas de milhares de desprovidos de habilitações mínimas, com o isco de que, em semanas/meses, facilmente se adquire aquilo que, habitualmente, demora seis, nove ou doze anos a conseguir (e, mesmo assim, com o resultado das "qualificações" miseráveis que se conhece): "é na 'escola da vida' que se aprende o que, realmente, interessa e quem diz o contrário só pode ser 'elitista' ou 'preconceituoso'" - e há que acelerar o processo porque a estatística não espera;



2) Quando o recém-"graduado", orgulhosíssimo com o seu "diploma" de papelão, se apresenta à porta do putativo futuro empregador e, perplexo, vê que este se lhe ri na cara, isso acontece por que motivo? Porque "existe uma disfunção que tem de ser corrigida"!... Isto é, o empregador ignora tudo sobre as miraculosas virtudes regeneradoras das "Novas Oportunidades" e é ele que precisa de ser "reeducado".

3) Qual, então, a sábia solução que o ilustre apoiante da candidata Laurinda propõe? "Novas Oportunidades"-para-gestores que os convençam, de uma vez por todas, a ver a Luz e a oferecer emprego aos "diplomados-instantâneos". É no que dá a política frequentadora assídua do bordel das "ciências" da Educação.

(2009)

3 comments:

Beep Beep said...

As "formações", "qualificações", e tudo o mais que venha do estado, centros de emprego e afins, são vistos como inúteis e anedóticos por parte dos responsáveis das empresas. Quando se parar de gastar dinheiro em operações de cosmética, tudo para mais tarde dizer "Já têm qualificações, vão trabalhar!", e poupar dinheiro nas ajudas sociais, talvez se possa dar apoio sério a quem precisa. Porque não apoiar quem procure formação séria num instituição com credibilidade?

João Lisboa said...

Evidentemente.

Táxi Pluvioso said...

Ai os estudos! São tão científicos como gosta o luso moderno.

Sempre gostaria de saber como se arranja um tacho para fazer um estudo.