COMO NÃO HEI-DE EU GOSTAR TANTO DA HOLANDA?... (I)
Dizia eu aqui: "Já é vergonha que baste Lisboa não ter apetite por livros suficiente para poder sustentar os dez pisos da Selexyz Donner, de Roterdão (584 046 habitantes), onde apetece montar a tenda e chamar o room-service". Hoje, no "Actual"/"Expresso", Daniel do Rosário mostra-nos "a mais bela livraria do mundo", a Selexyz Dominicanen , de Maastricht (118 378 habitantes), inaugurada no final de 2006, numa igreja do sec. XIII:
"Em 1794, quando as tropas napoleónicas tomaram a cidade, a igreja, erguida em 1294, foi transformada em cavalariça. Depois de ter voltado para mãos holandesas não foi devolvida aos donos originais e o seu uso diversificou-se: acolheu a primeira guilhotina da zona (que nunca foi utilizada), foi armazém das longas escadas de incêndio dos bombeiros locais, arquivo, e viu lutar Bep van Klaveren, o mítico boxeur holandês, num rinque erguido para o efeito. Mais recentemente, foi espaço de jogos de andebol, de exibição de carros antigos, de exposições de répteis e estacionamento de bicicletas e motos".
Frequentada, no ano passado, por mais de 700 000 pessoas, a única cruz existente no edifício, situa-se na zona do antigo altar mas "não está ao alto, nem pendurada, mas deitada. Uma opção sem pingo de heresia: é a enorme mesa [da cafetaria] à volta da qual se sentam os clientes enquanto folheiam um livro ou uma revista e saboreiam o seu café".
(2008)
2 comments:
Como é que isso me passou ao lado?! É o que dá apenas entrar por Maastricht...
Também, no ano passado, podia ter constado do programa... mas era bem capaz de ter sido mais um dos items sucessivamente adiados, dia após dia, em favor do flananço pelas straats de Amsterdão. Vá lá que ainda deu para tropeçar na outra Selexyz de Roterdão...
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